Gimnospermas eocretáceas da Formação Crato, bacia do Araripe, Nordeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Sucerquia Rendon, Paula Andrea
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44139/tde-22082007-105023/
Resumo: A Formação Crato, localizada na bacia do Araripe, Nordeste do Brasil, contém um dos registros fossíferos vegetais mais importantes do Cretáceo Inferior. Estes fósseis apresentam excelente estado de preservação, no geral, com pouca fragmentação, órgãos em conexão e estruturas epidérmicas e anatômicas delicadamente substituídas por óxidos de ferro. Como acontecia globalmente, as gimnospermas eram o grupo vegetal dominante na paleoflora eocretácea da Formação Crato, ocorrendo na forma de Bennettitales, Coniferales e Gnetales. As Bennettitales foram um componente aparentemente raro, estando representado pelas espécies Otozamites sp. e Zamites sp. Dentre as Coniferales, encontram-se as famílias Araucariaceae e Cheirolepidiaceae, as Araucariaceae registradas nas espécies Araucarites vulcanoi Duarte e Araucarites kunzmanni sp. nov.; as Cheirolepidiaceae, o grupo mais diverso, estão representadas pelas espécies Brachyphyllum obesum Heer, Brachyphyllum ponsi sp. nov., Brachyphyllum araripense sp. nov., Tomaxellia aff. T. biforme Archangelsky, Toxamellia aff. T. degiustoi e Pseudofrenelopsis sp. As Gnetales ocorrem na forma das espécies Limaephyton cratense gen. et sp. nov., Limaephyton duartei gen. et sp. nov. e Limaephytophyllum mohrium gen. et sp. nov. Características morfológicas, epidérmicas e anatômicas presentes nos macrofitofósseis da Formação Crato, evidenciam adaptações a um ambiente de baixa umidade. Esta flora se desenvolveu dentro da Região Equatorial, numa área intracontinental sob condições climáticas áridas e semi-áridas.