Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Campos, Rosiléia de Azevedo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10132/tde-17102018-083612/
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Resumo: |
O Plasma Rico em Plaquetas (PRP) é um produto derivado de células sanguíneas obtido por centrifugação, o qual contém uma alta concentração de fatores de crescimento em um pequeno volume de plasma. Este procedimento é utilizado desde a década de 1950 e vem crescendo amplamente para aplicação em diversas áreas como na Ortopedia, Odontologia, Cardiologia, Oftalmologia, Dermatologia, e para uso no reparo de feridas crônicas, especialmente em pacientes diabéticos ou com complicações venosas, feridas em mucosas, tecidos conjuntivos, patologias do sistema músculo-esquelético, superfície de fratura, enxerto ósseo entre outros. Nessas situações, observa-se um comprometimento dos níveis ideais de fatores de crescimento nas fases de cicatrização, por esse motivo vê-se a importância de manter os níveis adequados dos fatores de crescimento nas diferentes fases do reparo tecidual. O preparo de PRP por não ser padronizado pode comprometer a eficácia do tratamento, pois o número de células pode variar em cada paciente e a cada isolamento, e por consequência, a quantidade dos fatores de crescimento podem ser variáveis. As coletas de sangue são invasivas para o paciente, sendo dispendiosas em tempo e mão-de-obra ao procedimento operacional, implicando no aumento do custo. O preparo antecipado do PRP com possibilidade de armazenamento para o uso nas aplicações durante o tratamento pode ser uma solução importante para acelerar a regeneração tecidual e evitar o desconforto do paciente, que muitas vezes já não tem uma boa qualidade de vida. Portanto, o presente estudo visou comparar a diferença no processo de cicatrização durante sete dias em um modelo de lesão no dorso de rato nude com a aplicação de PRP humano obtido a fresco e PRP armazenado por liofilização e estocado a temperatura ambiente durante 18 dias, preparados a partir de dois diferentes doadores, comparados à aplicação do fator de crescimento derivado de plaquetas BB humano recombinante (rhPDGF-BB), um dos fatores de crescimento mais abundante no PRP. Os resultados mostraram eficácias comparadas nos tratamentos das feridas com rhPDGF-BB (controle 11 positivo) e com os PRPs fresco ou aramazenado a temperatura ambiente, de ambos os doadores, indicando a possibilidade de coleta de sangue do paciente apenas uma única vez e estocagem do mesmo até a reconstituição do produto no dia da aplicação, possibilitando o oferecimento de um tratamento de maior qualidade e menor invasividade ao paciente. Não houve diferença estatística significativa nos tratamentos das feridas com os PRPs fresco ou armazenado obtidos dos dois doadores, indicando que os valores de plaquetas dos doadores (189.000 e 216.000/mm3) foram adequados para o processo de regeneração tecidual. Este trabalho mostra a possibilidade do estoque do PRP, preparado a partir do sangue do paciente, em diversas alíquotas liofilizadas e estéreis a temperatura ambiente, o que poderá facilitar a aplicação do produto, possibilitando seu uso até mesmo em domicílio, e, consequentemente, uma melhora na qualidade de vida deste paciente. Também aponta para um protocolo de preparo rápido e efetivo para pacientes com até 189.000 plaquetas/ mm3, com atividade biológica testada in vivo, visando a preparação de PRP. |