Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1996 |
Autor(a) principal: |
Menegasse Velásquez, Leila Numes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44133/tde-04112015-160644/
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Resumo: |
Os efeitos da urbanização sobre a recarga aquífera são frequentemente mencionados na literatura em nível qualitativo, com raros estudos abordando a sua quantificação. O principal objetivo do presente estudo foi a avaliação da recarga direta e indireta no aquífero freático de uma área intensamente urbanizada. Duas sub-bacias contíguas (Sumaré e Pompéia) foram escolhidas como área piloto, ambas pertencentes à bacia do Rio Tietê, localizadas na porção centro-oeste do município de São Paulo, cobrindo uma área de 9,6 quilômetros quadrados e com um índice de impermeabilização total estimado em 73%. A área está geologicamente localizada na Bacia Sedimentar de São Paulo, de idade terciária, constituída de camadas e lentes arenosas, siltosas e argilosas, que cobrem 66% da área de estudos, com espessura média de 80 m, e os 33% restantes são ocupados pelos aluviões quaternários das várzeas do Rio Tiête. O desnível altimétrico é bastante elevado (111 m), variando de 721 a 832 metros. O regime climático é marcado por dois períodos, sendo um seco, de abril a setembro, e outro úmido, de outubro a março. A média anual de precipitação é de 1500 mm. O método para cálculo da recarga direta foi a medida direta, por um período de 14 meses, da oscilação do nível freático em 13 poços de monitoramento perfurados para este fim. A profundidade desses poços variaram de 3,4 a 12,0 m, e o nível d\'água médio é de 2 m no aquífero quaternário e 7,3 m no nível mais profundo do terciário. A porosidade efetiva empregada no cálculo do armazenamento foi 0,13. A recarga total obtida representou aproximadamente 3,6% da precipitação anual (1818mm entre out/94 e set/95) e 25% da que seria obtida considerando-se uma situação de pré-ocupação da bacia. A recarga indireta correspondeu às perdas físicas da rede de abastecimento de água (adutoras e ligações domésticas). Com base em dados fornecidos pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP), estimou-se uma perda total correspondente a 532mm, que representa cerca de 89% da recarga total. O estudo abrangeu ainda uma análise da eficácia dos microrreservatórios de retenção temporária, para controle de enchentes, previstos em lei do município de São Paulo. O amortecimento, em termos de volume, representou 30% do mínimo necessário. Os métodos empregados para cálculo do escoamento superficial e a geração dos hidrogramas, foram a equação de Horton e o método de Santa Bárbara, respectivamente. Os resultados mostraram a significativa redução da infiltração devida à impermeabilização urbana e a necessidade da reformulação da Lei municipal de forma a tornar o sistema de microrreservatórios tecnicamente mais eficaz e a sua implantação economicamente viável do ponto de vista construtivo, de manutenção e fiscalização. |