Cultura na fazenda: um estudo sobre a apropriação da leitura como negociação de sentidos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Oliveira, Amanda Leal de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27151/tde-19102009-142344/
Resumo: Esta pesquisa discute questões que envolvem a apropriação da leitura na perspectiva da negociação de sentidos, ou seja, segundo abordagem sociocultural que considera o ato de ler em suas dimensões de ato de significação envolvendo sujeitos e dispositivos sociais de diferentes naturezas aí implicados. O paradigma norteador do estudo foi o protagonismo cultural, entendido como ação afirmativa dos sujeitos em suas relações com a cultura e o conhecimento, preocupação que alicerça estudos e pesquisas do Colaboratório de Infoeducação (Colabori) da ECA/USP, ao qual este estudo se soma. A pesquisa foi realizada a partir da implantação de um projeto de leitura desenvolvido em duas escolas municipais rurais, em Minas Gerais, e, depois, em um Centro Cultural, construído na mesma fazenda. A experiência de mediação de leitura mostrou-se diferenciada, pela força da oralidade na vida dessas pessoas, gerando questões teóricas e práticas diversas: como aconteceria o encontro entre culturas de bases oral e escrita? O que seria leitura e não-leitura? Os referenciais teóricos do trabalho foram encontrados principalmente em Roger Chartier, Robert Escarpit, Paulo Freire, Edmir Perrotti e Ivete Pieruccini. O estudo pretende tornar evidente a importância da negociação de sentidos como conceito correlato à mediação cultural dialógica nos processos de significação comprometidos com o protagonismo cultural. Os leitores da Fazenda desdobraram e ampliaram as propostas de leitura que lhes foram feitas, em função de suas histórias, suas memórias, repertórios e práticas culturais. Foram protagonistas culturais, favorecidos pelas mediações culturais dialógicas aí realizadas.