Características da carcaça e da carne de borregas de diferentes grupos genéticos submetidas ou não à infecção por Haemonchus contortus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Costa, Fabiane de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20102010-142000/
Resumo: Os objetivos deste trabalho foram avaliar os efeitos do grupo genético (GG) e da infecção por Haemonchus contortus sobre as características da carcaça e da carne de borregas da raça Santa Inês (SI), Ile de France (IF) e animais provenientes do cruzamento de matrizes da raça SI com reprodutores das raças IF, Dorper, Texel e Suffolk. Adicionalmente, foi avaliada a composição química e o perfil de ácidos graxos (AG) na carne das borregas não infectadas. Cento e oito carcaças foram utilizadas, sendo 18 carcaças de cada um dos seguintes GG: SI, IF, ½ Ile de France x ½ Santa Inês (IFxSI), ½ Dorper x ½ Santa Inês (DOxSI), ½ Texel x ½ Santa Inês (TExSI) e ½ Suffolk x ½ Santa Inês (SUxSI). Nove carcaças de cada GG foram de animais infectados com larvas de H. contortus, totalizando 54 carcaças de animais infectados e 54 não infectados. Os animais foram distribuídos em arranjo fatorial 6x2 (6 GG e 2 condições de infecção), em delineamento de blocos completos casualizados, sendo a idade e o peso inicial os fatores de blocagem. As infecções aconteceram três vezes por semana e os animais receberam, por via oral, solução com 500 larvas L3 de H. contortus por infecção durante 14 semanas. Posteriormente, as borregas receberam uma dose desafio com 10.000 larvas L3 e mais 11 subsequentes com 1.000 larvas L3 por dose, distribuídas três vezes por semana. Durante o período experimental total (154 dias), cada borrega recebeu 41.500 larvas L3. Ao final do confinamento as borregas foram submetidas à jejum e abatidas. As características quantitativas e qualitativas da carcaça e da carne foram avaliadas. As borregas DOxSI foram superiores em relação as borregas SI nas seguintes variáveis: peso corporal ao abate, peso de carcaça quente e fria, peso do pernil, paleta e lombo, rendimento de lombo, e espessura de parede corporal. As borregas infectadas tiveram a carne mais clara e amarelada. Borregas SUxSI não infectadas apresentaram a maior (P<0,05) área de olho de lombo (AOL), porém, quando infectadas, as borregas deste GG apresentaram a menor AOL. A infecção por H. contortus ocasionou menores (P<0,05) pesos de abate e de carcaça. Com base na AOL o GG SUxSI apresentou as maiores perdas quando infectados por H. contortus. O cruzamento de matrizes SI com machos Dorper é eficiente, sendo uma alternativa para melhorar as características da carcaça de animas SI. Na determinação da composição química e do perfil de AG foram utilizados 36 músculos Longissimus dorsi de borregas não infectadas, sendo 6 músculos de cada GG. As borregas IF e IFxSI apresentaram maiores (P<0,05) quantidades de lipídeos que as borregas SI. Não houve efeito (P>0,05) do genótipo sobre os teores de umidade, cinzas e proteína. As borregas SI e SUxSI depositaram menos gordura que as IF e IFxSI. Os GG SI e SUxSI apresentaram a maior relação entre os AG poliinsaturados e saturados quando comparado às borregas IFxSI.