Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Quintilio, Natália Kohatsu |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39136/tde-22102021-121351/
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Resumo: |
A escola ocidental nasceu em torno de uma visão dualista, do penso, logo existo, privilegiando o cognitivo ao afetivo e motor. Atualmente, a totalidade do ser humano que habita a escola pede por atenção e, por isso, a subjetividade vem sendo realocada dentro do processo educativo. Pretende-se, por meio do esporte educacional, o desenvolvimento humano de forma integral, resgatando aspectos emocionais e sociais. Assim, esta tese tem como objetivo discutir como o processo educativo do esporte educacional, com o intuito de facilitar a discussão e a compreensão dos valores no Ensino Fundamental I e anos iniciais do Ensino Fundamental II, pode transformar intervenções pedagógicas em experiências significativas, tendo os valores olímpicos como um de seus conteúdos. A intervenção se deu em uma escola municipal de São Caetano do Sul, com duas turmas da Oficina de Práticas Corporais e Esporte Educação de queimada, durante o ano letivo de 2018. As turmas eram mistas e separadas pela idade, sendo, meninas e meninos entre sete e 10 anos (categoria mini) e meninas e meninos de 11 e 12 anos (categoria pré-mirim). O esporte educacional pode permitir aos alunos viverem em um tempo mais humano, mais simbólico, de celebração, dando ânimo às vivências esportivas e oportunizando a discussão dos valores, podendo resultar em uma experiência significativa. Experiência admitida como aquilo que nos passa, nos acontece e nos toca e, o sujeito da experiência como um território de passagem, quem atribuiu sentido ao saber da experiência, tornando esse saber uma forma única de estar no mundo. O processo educativo descrito aponta para uma possibilidade de experiência para que os alunos, considerados um dos sujeitos da experiência, reflitam sobre o sentido que a prática da queimada teve para eles, ainda que isso fosse inconsciente, para que viesse a ser o saber da experiência. Na perspectiva de Educação Olímpica (EO) proposta pelo Grupo de Estudo Olímpicos da USP (GEO-USP), os valores olímpicos não seriam uma linguagem e, sim, uma prática, discutidos na medida em que acontecem em situações de aula porque há a convicção de que é na prática, junto à intervenção dos professores, que se mobilizam os valores, permitindo que o aluno seja protagonista do processo educativo. É no encontro do conhecer sobre os valores, na vivência dos mesmos e na reflexão para agir de acordo com eles que esta proposta de EO quer atuar. Portanto, os valores são um fenômeno humano que emergem no instante da prática e, portanto, torna-se um conteúdo de potencial pedagógico no esporte educacional. Acredita-se que, desta forma, seja possível se aproximar da democratização da potência do fazer e do agir, delineando a complexidade do que é ser humano por colocar luz nas habilidades socioemocionais descritas pela BCNN, documento norteador da educação brasileira que legitima este processo educativo |