Determinação do potencial terapêutico de antioxidantes naturais na doença de Chagas experimental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Providello, Maiara Voltarelli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60135/tde-23112017-152916/
Resumo: Sete milhões de pessoas são acometidas pela doença de Chagas atualmente. A patologia endêmica em vinte e um países na América Latina tem como agente etiológico o protozoário Trypanosoma cruzi. Existe hoje a necessidade por novas alternativas terapêuticas, pois os fármacos atualmente utilizados apresentam eficácia limitada na fase crônica, trazendo toxicidade relacionada especialmente ao dano oxidativo, devido ao princípio ativo destes medicamentos, além de ser parte natural da infecção. Antioxidantes vêm sendo estudados na terapia da doença e os resultados parecem promissores. Avaliamos ácido ascórbico (AA), cianocobalamina (B12) e melatonina (MEL) sozinhos e associados a uma dose subclínica de benzonidazol (BZ). O objetivo foi determinar os efeitos destas substâncias no desenvolvimento da fase aguda. Para isso, utilizamos camundongos Swiss, infectados com T. cruzi cepa Y. Os resultados mostram sinergia na associação AA+BZ10 em reduzir a parasitemia; concentração de espécies reativas de oxigênio (EROs) intracelular e os níveis de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) no coração também foram diminuídos. AA e AA+BZ10 promoveram redução do parasitismo cardíaco detectado por qPCR e análises histológicas. AA+BZ10 mostrou redução no infiltrado inflamatório cardíaco. B12 ou B12+BZ10 não foram eficazes em reduzir a parasitemia. Observou-se uma redução do infiltrado inflamatório cardíaco para B12+BZ10, além do combate a EROs intracelular. No grupo B12 foi detectado o aumento na atividade da enzima superóxido dismutase (SOD). MEL e MEL+BZ10 reduziram a parasitemia, porém não foram eficazes na diminuição de EROs intracelular. Níveis de TBARS cardíacos foram reduzidos no grupo MEL e um aumento na atividade da SOD foi observado para MEL e MEL+BZ10. Nestes grupos, o parasitismo cardíaco e o infiltrado inflamatório foram reduzidos. Estes dados revelam que possa haver benefício no uso de antioxidantes na terapia da doença de Chagas, seja por ação tripanocida ou pela atenuação do dano oxidativo que em longo prazo podem resultar em maior preservação tecidual.