Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2000 |
Autor(a) principal: |
Silva, José Gabriel da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11131/tde-20191218-172933/
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Resumo: |
A geada é um dos muitos problemas que os agricultores catarinenses enfrentam durante o período de produção e de comercialização de seus produtos, especialmente, quando elas ocorrem precoce ou tardiamente. Como a utilização de medidas mais eficientes de combate às geadas são onerosas, a alternativa passa a ser o planejamento das atividades agrícolas de acordo com as condições climáticas. Para tanto, informações relativas à frequência de ocorrência e às intensidades das geadas são fundamentais. Com o objetivo de determinar a relação entre a temperatura mínima da relva (Tmr) e do abrigo meteorológico (Tma) e a probabilidade mensal de geadas de diferentes intensidades efetuou-se o presente trabalho. Foram utilizados dados de temperatura mínima do ar obtidos na relva e no abrigo meteorológico de oito localidades catarinenses: Campos Novos, Chapecó, Lages, Ponte Cerrada, São Joaquim, São Miguel D'Oeste, Urussanga e Videira, pertencentes à Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI). Primeiramente, foram processados os dados de Tmr e Tma, estabelecendo-se a diferença média entre ambas (ΔT) em noites de geada. Posteriormente, os dados da ΔT foram divididos em intervalos de classe de modo a se obter sua distribuição, a qual foi aplicada três funções probabilísticas: normal, log-normal e gama, para a determinação de sua probabilidade de ocorrência. Em seguida, determinou-se por meio de frequência relativa a probabilidade mensal de ocorrência de geadas de diferentes intensidades e também a probabilidade de geadas de diferentes intensidades em cada mês. Os resultados mostraram que o ΔT variou de 2,1 a 4,8°C entre as localidades analisadas, indicando haver efeito da altitude nessa diferença. Foram geradas equações de estimativa da Tmr em função de Tma, sendo essas polinomiais. Essas equações foram utilizadas, posteriormente, para a recuperação de parte dos dados de Tmr. Com relação à probabilidade de ocorrência de dada ΔT, utilizou-se a função normal para as localidades de Chapecó, Lages, Ponte Cerrada, São Miguel D'Oeste e Videira, a função log-normal para Campos Novos e Urussanga e a função gama para São Joaquim. As maiores probabilidades de ΔT encontram-se na faixa de 0,1 a 3,0°C para Campos Novos, São Miguel D'Oeste, Urussanga e Videira. Em Ponte Cerrada a maior probabilidade é de ΔT entre 2,1 e 4,0°C, em Chapecó e São Joaquim entre 3,1 e 5,0°C e em Lages entre 4,1 e 6,0°C. Com os dados de Tmr e os respectivos valores de Tma obteve-se para cada localidade a probabilidade mensal de ocorrência de geadas de diferentes intensidades, verificando-se que a maior probabilidade de ocorrência de geadas de qualquer intensidade distribuem-se de maio a setembro em São Miguel D'Oeste, de maio a novembro em Urussanga, de abril a outubro em Campos Novos, Chapecó e Ponte Cerrada, de março a novembro em Videira, de fevereiro a dezembro em Lages e de janeiro a dezembro em São Joaquim. As maiores probabilidades de ocorrência de geadas precoces ou tardias ocorrem em Lages e São Joaquim. A probabilidade de ocorrência de geadas de diferentes intensidades em cada mês também foi determinada. Em todas as localidades analisadas, a geada mais frequente é a fraca (Tmr Δ 0,0 a -1,9°C), com probabilidade de ocorrência variando de 36 a 92%. Somente nas localidades de Lages, Videira e São Joaquim há a possibilidade de ocorrência de geadas extremamente fortes (Tmr <-9,9°C), apesar das baixas probabilidades. Espera-se com esse trabalho oferecer ao setor produtivo, aos órgãos de previsão e monitoramento climático, aos agricultores catarinenses e à sociedade, em geral, dados e informações inéditas que auxiliem o planejamento agrícola da região. |