Atraso da poda hibernal em 'Chardonnay' e 'Pinot Noir' (Vitis vinifera L.) para evitar danos por geadas tardias : uma alternativa de manejo ou um risco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rosa, Aline Mabel
Orientador(a): Marodin, Gilmar Arduino Bettio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/277100
Resumo: Os espumantes são considerados produtos de excelência na vitivinicultura brasileira, sendo reconhecidos por diversas premiações internacionais. O clima frio da Serra Gaúcha conserva a acidez e preserva os aromas varietais das uvas, característica essencial para este tipo de bebida. Apesar do cenário favorável, as principais variedades para elaboração de espumantes (Chardonnay e Pinot Noir) são de brotação precoce e suscetíveis aos danos por geadas tardias na primavera. Dentre as possibilidades de manejo para minimizar danos, o atraso da poda hibernal vem sendo testado em diferentes regiões vitícolas do mundo. Os objetivos deste trabalho foram avaliar os impactos do atraso da poda hibernal sobre os componentes de rendimento nas variedades Chardonnay e Pinot Noir e os efeitos a nível fisiológico nas plantas. O atraso na poda não gerou impactos no percentual de brotação, porém, reduziu drasticamente a fertilidade e a produtividade das plantas. Na média de todos os ciclos avaliados, quando comparadas as datas de poda com a máxima (poda convencional) e mínima (poda tardia) produção, a “Chardonnay, apresentou uma redução média de 98,8 % na produção (Kg/planta), 96 % no número de cachos por planta, 84 % no peso médio de cachos e 86,3 % no número de bagas por cacho. Já na variedade Pinot Noir, houve redução de 97 % na produção, 79 % no número de cachos por planta, 88 % no peso médio de cachos e 67 % no número de bagas por cacho. O efeito negativo das podas tardias depende do vigor de crescimento apical que as condições locais podem impor, tendo como limite máximo o estádio fenológico de 2 ou 3 folhas separadas. A perda de fertilidade nas gemas basais está associada a morte/oxidação dos tecidos da gema primária e secundária, com o atraso na data de poda. A morte das gemas basais foi associada com a redução nos níveis de zeatina e aumentos nos níveis de auxina e ácido jasmônico.