Integração das estratégias de controle químico e biológico para a conservação e liberação dos ácaros predadores Neoseiulus californicus (McGregor) e Phytoseiulus macropilis (Banks) (Acari: Phytoseiidae) em programas de manejo do ácaro rajado Tetranychus urticae Koch (Acari: Tetranychidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Poletti, Marcelo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-11052007-152134/
Resumo: A exploração de ácaros predadores no manejo de ácaros fitófagos em sistemas de produção agrícola pode ser prejudicada pelo uso de agrotóxicos para o controle de outras pragas e doenças. O uso de produtos compatíveis com os ácaros predadores ou de linhagens de ácaros predadores resistentes a agrotóxicos pode favorecer a conservação desses inimigos naturais. Uma outra estratégia a ser explorada pode ser a liberação isolada ou combinada de ácaros predadores com hábitos alimentares e comportamentais distintos. Dentro desse contexto, o presente trabalho foi desenvolvido para coletar subsídios para a integração das estratégias de controle químico e biológico para a conservação e liberação dos ácaros predadores Neoseiulus californicus (McGregor) e Phytoseiulus macropilis (Banks) em programas de manejo do ácaro rajado Tetranychus urticae Koch em sistemas de produção agrícola, tais como cultivos protegidos de plantas ornamentais e hortaliças. Inicialmente a compatibilidade de alguns acaricida-inseticidas, inseticidas e fungicidas com N. californicus e P. macropilis foi avaliada nas concentrações recomendadas para cultivos protegidos de plantas ornamentais e hortaliças. Foram realizados estudos para verificar o efeito desses agrotóxicos sobre a mortalidade de imaturos e adultos e a taxa instantânea de crescimento (ri) de cada espécie. Foram realizadas a caracterização da linhabásica de suscetibilidade dos estágios imaturo e adulto de N. californicus e P. macropilis a deltametrina. Posteriormente, foi efetuado um monitoramento da suscetibilidade a esse inseticida em populações de P. macropilis coletadas em condições de campo. Além do efeito letal dos neonicotinóides acetamiprido, imidacloprido e tiametoxam sobre N. californicus e P. macropilis, estudos envolvendo a resposta funcional desses predadores sobre ovos tratados de T. urticae também foram avaliados. A toxicidade diferencial de abamectina e espiromesifeno foi avaliada para os ácaros predadores e T. urticae. E por fim, a viabilidade das liberações isolada e combinada de N. californicus e P. macropilis foi testada em condições de laboratório e casa de vegetação. Dentre os grupos de agrotóxicos testados, os fungicidas causaram menor impacto sobre os ácaros predadores. A compatibilidade de agrotóxicos testados foi maior com N. californicus do que com P. macropilis. Os estágios imaturo e adulto de N. californicus foram aproximadamente 3.600 e 3.000 vezes mais tolerantes a deltametrina do que os estágios de P. macropilis. No entanto, alta variabilidade na suscetibilidade a esse inseticida foi detectada entre as populações de P. macropilis, com razões de resistência de até 3.500 vezes. Apesar de os neonicotinóides terem apresentado baixa toxicidade e pouco efeito na taxa intrínseca de crescimento de N. californicus e P. macropilis, verificou-se que esses inseticidas podem afetar a resposta funcional desses ácaros predadores sobre ovos de T. urticae contaminados. Abamectina e espiromesifeno foram altamente tóxicos sobre de T. urticae . A toxicidade de abamectina foi também elevada sobre as duas espécies de ácaros predadores; porém, espiromesifeno foi compatível com N. californicus. As liberações combinadas de N. californicus e P. macropilis foram eficientes quando comparadas a liberações isoladas, somente em situações com alta relação predador:presa (igual ou superior a 1:20).