Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Gianetti, Giovani William |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-03102023-150206/
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Resumo: |
Políticas e ações para adaptação às mudanças climáticas estão sendo fomentadas por compromissos globais de mitigação de emissões de gases de efeito estufa (GEE), como o Acordo de Paris. Entre as práticas para agricultura de baixa emissão de carbono, a recuperação de pastagens degradadas (RPD), visa mitigar a poluição ocasionada pelo rebanho bovino, a principal fonte de emissões do setor agropecuário. A RPD tem mostrado capacidade de ampliar a produção pecuária ao mesmo tempo que permite fixação de carbono orgânico no solo (SOC) e reduz a intensidade de emissões de GEE, porém a alteração dos níveis de SOC ainda não é considerada oficialmente pelo inventário de emissões do Brasil. Nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivo avaliar os impactos socioeconômicos e ambientais da recuperação de pastagens degradadas no Brasil no período de 2015 a 2035, utilizando dois métodos para contabilizar a variação nas emissões de carbono. Para isto foi utilizado um modelo de equilíbrio geral computável, denominado TERM-BR15, simulando três cenários para o período de 2015 a 2035. No Cenário 1 (CEN 1) foram simulados os choques de produtividade, investimento e de mitigação de GEE decorrentes da RPD. Os Cenários 2 e 3 (CEN 2 e CEN 3) são análises de sensibilidade, reduzindo os choques de produtividade na pecuária em 10% e 20%, respectivamente. Em todos os cenários as emissões de GEE foram analisadas considerando as alterações de SOC (método alternativo) ou não (método original do inventário de emissões do Brasil). A RPD apresentou crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 0,47% e do consumo real das famílias em 0,59%, em relação à linha de base para 2035. Dessa forma, haveria um retorno social em 2035 de R$ 85,8 bilhões a preços de 2022, uma taxa de retorno real de R$ 8,31 para cada real investido (16,04% ao ano). A pecuária ampliaria a produção utilizando menor área, resultando em efeito-poupa terra de 972,6 mil hectares em 2035. Apesar do desmatamento evitado, regionalmente nas fronteiras agrícolas do Acre, Amazonas e Roraima (AmazACRR), e Maranhão, Tocantins e Piauí (MaToPi) o desmatamento aumentaria. No método original das emissões de GEE haveria aumento de 9,3%, decorrente do crescimento de rebanho, das operações de RPD e do nível de atividade. Contudo, no método alternativo ocorreria mitigação de 0,16% das emissões, mostrando que a fixação de SOC pode mais que compensar o crescimento da atividade econômica. A mitigação de emissões de GEE seriam maiores em 2025 e 2030 (42,86% e 38,89%, respectivamente, em relação à 2005), mas ainda não seriam suficientes para atingir a meta da NDC para 2030. |