Poéticas de co-existência: flashes de memória em cena

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: D\'Almeida, Nadya Moretto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27156/tde-14112023-153147/
Resumo: A presente pesquisa pretende refletir sobre poéticas da dança na contemporaneidade, sobretudo aquelas que se valem de obras e artistas do passado de forma clara e manifesta, extraindo alguns ou muitos dos elementos que os caracterizam e os tornando ingredientes fundamentais de sua dramaturgia. Dentro destas obras que manifestam estas poéticas, os elementos das obras do passado são manuseados para produzir reflexões no nosso tempo presente. Para construir a ideia destas poéticas, apoiamos nossa explanação em duas ações artísticas de coreógrafos brasileiros: a primeira, a obra ECCE (H)OMO, de Pol Pi (1982), e a segunda, a obra Caminhos lecture performance de Sayonara Pereira (1960) e Luiza Banov (1985). Ambas as peças se iniciaram a partir do desejo de trazer à cena uma obra pregressa, e ganharam outros contornos e questões durante o processo de criação. Elas carregam em seus processos semelhanças e diferenças, e podem nos dar uma ideia das muitas poéticas de co-existência. Nesta pesquisa, trataremos então do que consideramos ser um dos aspectos da contemporaneidade na dança, reunindo elementos para entender melhor o desejo de muitos coreógrafos de fazer claras referências a outros artistas da dança em suas obras, ou ainda atualizando suas obras originais. Assim, além de conversar com os artistas já mencionados, dialogamos também com as ideias de Andreas Huyssen (1992), André Lepecki (2011), Isabelle Launay (2019) e Laurence Louppe (2012), entre outros, para buscar circunscrever o que chamamos aqui de poéticas de co-existência.