Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Martins, Jully Loyd Camargo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47135/tde-28112024-141134/
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Resumo: |
O hormônio concentrador de melanina (MCH) é um importante neuropeptídeo integrador implicado na modulação de comportamentos motivados como alimentação, ciclo sono-vigília, comportamentos do tipo ansioso e depressivo, além de interação social (que inclui a reprodução e o comportamento materno). O MCH foi inicialmente descoberto como um hormônio presente na glândula hipófise, que é considerada a glândula mestra do sistema neuroendócrino, e é sintetizado principalmente no centro integrador desse mesmo sistema, o hipotálamo. No entanto, atualmente existem poucos estudos que esclarecem o mecanismo pelo qual o MCH é secretado e como se dá sua relação com o espaço perivascular durante as diferentes fases do ciclo reprodutivo. Objetivos: 1) Caracterizar ultraestruturalmente os neurônios MCH-ir e seus terminais na periferia de vasos sanguíneos presentes no eixo hipotalâmico-hipofisário, a fim de elucidar como esse hormônio é secretado na corrente sanguínea; 2) Analisar quantitativamente a incidência de neurônios e terminais MCH-ir perivasculares em diferentes fases do ciclo reprodutivo. Materiais e métodos: foram utilizados ratos da linhagem Sprague-Dawley, agrupados conforme cada fase do ciclo reprodutivo. Tais animais foram submetidos à perfusão transcardíaca e, posteriormente, ao processamento do material coletado através de imuno-histoquímica para análise em microscópio óptico de luz e microscópio eletrônico. Resultados: a imunorreatividade ao MCH foi detectada no interior de grânulos em pericários neuronais e fibras da área hipotalâmica lateral, além de projeções na eminência mediana e neuro-hipófise. Através de microscopia eletrônica, foi possível observar também eletrondensidade em grânulos de secreção nas proximidades do complexo de Golgi, sugerindo formação ativa de grânulos contendo o hormônio. Na neuro-hipófise, grânulos contendo assinatura neuroquímica para o MCH foram encontrados em corpos de Herring e terminais axonais intimamente justapostos à membrana basal e espaço intersticial de capilares fenestrados. Conclusões: os dados coletados reforçam a hipótese de que o MCH exerça não apenas um papel neuromodulador, mas também neuroendócrino, sendo secretado diretamente na corrente sanguínea em direção a alvos periféricos. Os resultados também sugerem que o MCH possivelmente atue através do mecanismo de transmissão por volume. |