Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Fukumoto, Alessandra Harumi Bonito |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8148/tde-15062011-084806/
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Resumo: |
O mundo passa por um envelhecimento populacional e, segundo estimativas do IBGE, o Brasil será o sexto país no mundo com a maior população idosa em 2025. Com o aumento da expectativa de vida, aumenta também o tempo livre, de aposentadoria, dando espaço para atividades esportivas, recreativas, educativas, dentre outras. A busca pela realização pessoal tem levado os idosos a procurarem atividades que haviam adiado devido ao trabalho, à família e a outros fatores. Dentre essas atividades, há grande interesse pelos cursos de língua estrangeira. Surgem, então, oportunidades de contato intergeracional nas aulas de língua, que trazem benefícios para todos os participantes. Para o desenvolvimento desta pesquisa, partimos da discussão sobre identidade, abordada pelos Estudos Culturais (em especial, Stuart Hall e Tomaz Tadeu da Silva), estudos da Psicologia Social sobre estereótipos e preconceito e pesquisas na área de Gerontologia. O Italiano no Campus (IC), apesar de não ter sido criado especificamente com o intuito de ser um Programa Intergeracional, possui grupos etariamente heterogêneos, com alunos de 16 até 78 anos, podendo, assim, ser considerado um ambiente intergeracional em que os participantes possuem um objetivo em comum: aprender a língua italiana. Dessa forma, o IC constitui um espaço de grandes trocas e de ampla possibilidade para a quebra de estereótipos e preconceitos sobre os idosos e o próprio processo de envelhecimento. O ambiente propicia, também, aumento do respeito ao outro e maior conhecimento de uma geração sobre a outra, bem como a quebra de estereótipos negativos que envolvem os idosos e o processo de aquisição/aprendizagem de uma língua estrangeira. O papel do professor torna-se, então, fundamental nesse contexto, já que pode determinar o sucesso ou o fracasso desses ambientes intergeracionais e das relações que neles ocorrem. Nossa pesquisa envolveu alunos e monitores do IC, com um levantamento de dados realizado em três etapas, com questionários aplicados a alunos e monitores e entrevistas feitas com monitores. Com os dados, conseguimos traçar o perfil dos alunos do Italiano no Campus que hoje conta com um quarto do seu público dentro da chamada terceira idade e colher depoimentos sobre as relações intergeracionais tanto na visão dos monitores quanto na visão dos alunos. Os resultados nos mostraram que a maioria dos alunos prefere os grupos intergeracionais e que tanto alunos quanto monitores acreditam que a heterogeneidade etária enriquece o curso. Mesmo que não tenha sido concebido com essa finalidade, o IC tem potencial para ser um Programa Intergeracional, auxiliando, inclusive, na reinclusão social do idoso. |