Sistemática filogenética da tribo Echinantherini (Serpentes: Dipsadidae: Xenodontinae) baseada em dados morfológicos e moleculares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Abegg, Arthur Diesel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-21032023-174339/
Resumo: Mesmo com os expressivos avanços quanto à sistemática de Dipsadidae nas últimas décadas, alguns aspectos continuam controversos. De forma geral, as relações intertribais permanecem virtualmente desconhecidas, e muitos gêneros e espécies ainda são ausentes ou subamostrados nas análises. Combinados, esses fatores dificultam o entendimento das relações filogenéticas de serpentes neotropicais, sobretudo de grupos menos inclusivos. A tribo Echinantherini compreende 16 espécies, arranjadas em três gêneros. Seus constituintes se encontram amplamente distribuídos na América do Sul, desde o norte do Suriname até a porção central da Argentina. Neste estudo, exploramos as afinidades filogenéticas de Echinantherini usando dados morfológicos e moleculares. Nossos objetivos principais foram testar o monofiletismo e o posicionamento de Echinantherini dentro da subfamília Xenodontinae, e revelar as relações filogenéticas entre os membros da tribo nos níveis genérico, inter e intraespecífico. Todos os táxons atualmente associados a Echinantherini foram avaliados. Realizamos análises filogenéticas usando três critérios de otimalidade (Máxima Parcimônia, Máxima Verossimilhança e Inferência Bayeasiana), a partir da codificação de 54 caráteres morfológicos e do sequenciamento de seis genes (três mitocondriais e três nucleares). Recuperamos Echinantherini como monofilética, com dois dos seus gêneros parafiléticos entre si. Para melhor refletir a hipótese de relacionamento resultante e a diversidade morfológica avaliada, descrevemos quatro gêneros novos (mantendo três deles na tribo e designando outro como Dipsadidae incertae sedis) e sinonimizamos a tribo Caaeteboini com Echinantherini. Nossa proposta taxonômica resultou em uma nova classificação para Echinantherini, agora composta por sete gêneros e 17 espécies. Ainda, recuperamos Echinanthera cephalostriata como polifilética, representando um complexo de espécies crípticas com duas espécies novas candidatas. São necessárias, contudo, amostragens moleculares e morfológicas mais densas a fim de preencher hiatos amostrais e se obter compreensão mais nítida da variação dentro desse táxon.