O teatro da percepção: uma fenomenologia do estado de artista em conversa com Roberto Gomes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Almeida, Bianca de Cássia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27155/tde-18122023-153644/
Resumo: Este é um texto escrito e reescrito. Relembrado e inventado. De ontem e de hoje. Há nele múltiplos tempos e diversas perspectivas, mas todas elas permeiam a íntima relação que construí em anos de pesquisa com o dramaturgo Roberto Gomes (1892-1922), uma figura muitas vezes negligenciada na literatura acadêmica, apesar de sua relevância como dramaturgo simbolista. Gomes guiou meus conhecimentos e sentimentos sobre o amor e a arte teatral, e mais que isso, centelhou meus questionamentos em busca de novas perspectivas. A pesquisa foi desenvolvida utilizando minha prática cotidiana como fonte primária. Em diálogos com este dramaturgo fantasma, investigo os estímulos e trajetos que me fizeram artista. Com base na filosofia da percepção de Merleau-Ponty e outros conceitos filosóficos, analiso a interação entre meu processo criativo teatral, rotinas diárias e visão de mundo, abrangendo desde a infância até o presente. Mapeio esse modo de análise e revisito o ato de filosofar em busca de conceitos que me ajudem a sistematizar o meu processo de criação e atuação teatral dentro e fora de salas de ensaio/aula/pesquisa. A essa exploração dei o nome de \"fenomenologia do estado de artista\". O resultado desse percurso é uma abordagem denominada \"Teatro da Percepção\", a qual envolve uma pedagogia que permite guiar de maneira prática e teórica as vivências teatrais, incentivando novas percepções de descobertas pessoais e independentes.