A Construção Identitária de Profissionais da Supervisão Escolar Paulistana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva Neta, Orgides Maria da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48140/tde-20052024-135000/
Resumo: A presente pesquisa teve como objeto de estudo o processo de construção de identidade do segmento da Supervisão Escolar Paulistana. Buscou responder as seguintes questões: Quem são os Supervisores Escolares da rede de ensino municipal? Quais são as suas trajetórias profissionais e de formação? Como concebem suas atuações como Supervisores Escolares? Como expressam suas identidades profissionais? Quais são os principais desafios/dificuldades e potencialidades identificadas pelos Supervisores Escolares na sua atuação? Qual a compreensão que os Supervisores Escolares possuem do caráter político da sua atuação? O objetivo geral foi traçar o perfil dos Supervisores Escolares da rede municipal de ensino de São Paulo, considerando as circunstâncias e contextos que interferem na constituição da identidade desses profissionais. Especificamente o intuito foi identificar como as trajetórias de formação e profissão poderiam interferir na concepção que possuem sobre a ação supervisora; compreender quais são os desafios que se colocam para a construção da identidade profissional do Supervisor Escolar; identificar a compreensão que possuem sobre o caráter político da sua atuação profissional. Partiu-se da hipótese de que os Supervisores Escolares, ao pensarem e se expressarem sobre sua formação docente e seu trabalho cotidiano, oferecem importantes indicativos de como se compôs a sua profissionalidade e as circunstâncias de profissionalização que os conduziram a uma determinada forma de se constituir como segmento da Supervisão Escolar. Tratou-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa e, como procedimento para a produção de dados, foi realizada análise documental de produções oficiais e estudo de campo, por meio de três encontros em Grupo Focal e entrevistas individuais semiestruturadas, contando com a colaboração de dez Supervisores Escolares (concursados em 2015 e atuantes no cargo desde 2017), servidores efetivos de uma das treze Diretorias Regionais de Educação de São Paulo, localizada na zona sul. As bases teórico-argumentativas essenciais decorreram de autores como Dewey, Oliveira-Formosinho, Formosinho, Tardif, Pinazza, Evangelista, Shiroma, Dubar, Marcelo, Giovanni, Arroyo e Contreras. Os resultados foram considerados à luz da análise dos conteúdos, tendo sido definidas três categorias: ação supervisora, a formação do Supervisor Escolar e o papel político do Supervisor Escolar. Os dados produzidos forneceram indícios de que os profissionais da Supervisão Escolar enfrentam desafios complexos, destacando-se a desconexão entre o perfil anunciado, a formação oferecida e as demandas reais; expressam sentimentos de despreparo ao assumir o cargo e enfatizam a necessidade de equilibrar demandas burocráticas e pedagógicas. Suas identidades profissionais estão em construção, influenciadas por experiências anteriores, enquanto resistem aos aspectos negativos do cargo. Apesar das dificuldades, reconhecem o caráter político de sua atuação, enfrentando pressões e ameaças. Buscam construir espaços coletivos de luta para promover políticas públicas transformadoras e enfrentar os desafios do sistema educacional.