Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Anna Clara Gurgel |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25146/tde-22102021-112733/
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Resumo: |
É conhecido o papel do biofilme protético como potencial reservatório de patógenos respiratórios, o que aumenta consideravelmente o risco de infecções pulmonares, especificamente a pneumonia aspirativa, principalmente 48 horas após a hospitalização. Assim, é essencial que as próteses acrílicas removíveis sejam submetidas a um protocolo de higienização para redução do biofilme durante a admissão hospitalar do paciente. Este estudo clínico randomizado avaliou, em pacientes hospitalizados, a efetividade de vários protocolos de higienização de próteses removíveis na redução do biofilme protético, a partir do uso de métodos mecânicos associados ou não a outros químicos de limpeza. Próteses totais superiores (PTS) de 200 pacientes internados no Hospital da Beneficência Portuguesa de Bauru foram limpas aleatoriamente, utilizando um dos protocolos a seguir, antes das mesmas serem imersas em água estéril por 3 min para enxágue (n=20): escovação com água destilada água, creme dental ou sabonete líquido neutro; imersão em solução química de limpeza (hipoclorito de sódio a 1%; 1 ou 2 tabletes de peróxido alcalino) combinada ou não à escovação com água. Antes e após a aplicação dos protocolos, o biofilme protético foi corado para o cálculo da redução da área percentual de recobrimento visível (ImageJ), e culturas quantitativas microbiológicas da região interna da PTS foram obtidas em ágar sangue (UFC/mL). Os dados foram submetidos aos testes de Wilcoxon e Kruskal-Wallis (=0,05). Todos os protocolos testados resultaram em uma redução significativa na área percentual de biofilme protético e dos microrganismos viáveis nas culturas das PTS (P<0,05). A comparação entre os protocolos mostrou a maior redução nas medianas de log10 UFC/mL e porcentagens de biofilme protético para as PTS que foram limpas com hipoclorito de sódio, independentemente da associação com escovação (P<0,05). Todos os protocolos que empregaram peróxido alcalino apresentaram a mesma eficácia na redução das colônias microbianas viáveis das culturas das próteses quando comparados aos protocolos controles (escovação com água, creme dental e sabonete), que não apresentaram diferenças entre si (P>0,05). De acordo com os resultados obtidos, foi possível sugerir que uma única imersão das próteses totais de pacientes hospitalizados por 10 min em hipoclorito de sódio a 1% provou ser uma alternativa viável, simples, rápida, de custo acessível e efetiva na redução do biofilme protético. Esse cuidado minimizaria o risco de infecções respiratórias advindas das próteses, diminuindo o tempo de internação, o que a longo prazo, também poderia levar a uma grande redução de custos. |