Outros Livros de Kells: recepção de fac-símiles e narrativas da memória

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Geroto, Leila Rangel Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-02022023-170956/
Resumo: O manuscrito medieval conhecido como Livro de Kells, IE TCD MS 58, consiste em 340 fólios encadernados em quatro volumes. Ele contém os quatro evangelhos, suas Breves causae e Argumenta, as tábuas canônicas de Eusébio de Cesaréia e um fólio de prefácio com nomes hebreus. A proposta principal deste projeto de pesquisa, porém, não versa diretamente sobre o Livro de Kells, mas sobre os lugares que ele ocupa em um imaginário nacional irlandês por meio de reproduções feitas a partir dele. Nosso recorte é a produção bibliográfica de cunho fac-similar gerada a partir do Livro de Kells, de onde elencamos quatro fontes principais: um fac-símile lançado em 1950, pela editora Urs Graf; um fac-símile parcial lançado em 1974 pela editora Thames & Hudson; um fac-símile lançado em 1990, pela editora Faksimile Verlag e um fac-símile digital de 2012, feito a partir dos diapositivos captados pela Faksimile Verlag em 1990 e organizado pela biblioteca do Trinity College Dublin. Trata-se de uma pesquisa sobre a recepção de artefatos históricos e as dinâmicas contemporâneas de construção da memória coletiva e identidade envolvidas nesta recepção. O encontro da reprodução técnica no século XX com as coleções de documentos históricos possibilitou a produção de novos objetos gráficos, através da codificação e decodificação destes documentos. Pensaremos os fac-símiles neste estudo de caso como obras editoriais que usam discursos e relações derivados de um documento medieval para articular outras produções de sentido, a partir de processos afetivos e sociais da memória.