Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Silveira, Caroline Cruz da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7144/tde-31102024-153310/
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Resumo: |
Introdução: Diante da mudança no perfil epidemiológico nos últimos anos, a Atenção Domiciliar (AD) vem se fortalecendo e passou a ser enxergada como uma alternativa para preencher a lacuna existente entre a assistência hospitalar e o domicílio dos pacientes com doenças crônicas, avançadas ou em reabilitação. Apesar das redefinições e esforços para aumentar a quantidade de serviços de AD no Brasil, é necessário que haja uma reestruturação dessa modalidade com o intuito de fortalecê-la para que possa cumprir com o proposto apresentando-se preparada inclusive para lidar com o manejo de óbito no domicílio. Para isso, acredita-se ser fundamental a aproximação da percepção dos familiares que estiveram sob a condição de cuidadores e vivenciaram este evento no domicílio. Objetivo geral: Identificar a percepção dos familiares quanto ao óbito no domicílio. Objetivos Específicos: Destacar aspectos que deram suporte para a vivência do óbito domiciliar; Reconhecer dificuldades enfrentadas pelos familiares ao vivenciar o óbito de um ente no domicílio. Trajetória Metodológica: Tratou-se de uma pesquisa exploratória, transversal e de abordagem qualitativa, desenvolvida em um SAD da Zona Norte de São Paulo com a participação de 7 familiares que vivenciaram o óbito no domicílio de entes acompanhados pelo mesmo. As entrevistas foram realizadas em dias e horários pré-determinados através da plataforma Zoom Meet ou na residência dos familiares de modo presencial, sendo que a pesquisadora fez uso de todos os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) com o objetivo de evitar a exposição dos envolvidos diante do cenário da pandemia por COVID-19. Foi aplicado um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), em seguida, os familiares foram entrevistados de forma individual com base em um roteiro semiestruturado. Os dados foram transcritos e analisados com base na Análise de Conteúdo de Bardin. O projeto foi submetido para aprovação dos Comitês de Ética e Pesquisa (CEP) da Escola de Enfermagem da USP (EEUSP) e da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo (SMS/SP) via Plataforma Brasil. Resultados: Foram geradas 3 categorias analíticas, intituladas: 1. O cuidar no processo de morte e morrer, que contemplou 3 subcategorias: Quando o paciente assume o protagonismo no processo de morrer; Os desafios do cuidar em casa e a resiliência para superá-los; A ressignificação da vida de quem fica; 2. O que ampara o cuidado domiciliar na visão de quem cuida, sendo dividida em 3 subcategorias: Comunicação empática que acolhe e orienta; Amor ontológico que fortalece; Rede de apoio que encoraja o cuidar; e 3. A sensibilidade, o vínculo e a confiança promovendo o sentido do cuidar. Considerações finais: Através do relato dos familiares compreendeu-se que o maior desgaste é decorrente do processo de cuidar ao longo da evolução da doença não estando relacionado apenas ao evento final. Ficou claro que na concepção dos familiares uma boa comunicação, orientação técnica, acolhimento, cuidado adequado dos sintomas e uma rede de apoio sólida são essenciais para um bom cuidado domiciliar. |