Consequências do estresse subcrônico por restrição sobre a contração induzida por angiotensina II em carótida de ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Côco, Hariane
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17133/tde-30092022-110250/
Resumo: O objetivo deste trabalho foi estudar o efeito do estresse subcrônico por restrição sobre a resposta contrátil induzida por angiotensina (Ang) II em carótida de ratos e os mecanismos envolvidos. Ratos Wistar foram expostos ao estresse subcrônico por restrição durante 3 horas/dia por 5 dias. Foram realizadas análises morfológicas e morfométricas, imunohistoquímica para alfa-actina e colágeno, dosagem plasmática de corticosterona e Ang II. Curvas concentração-efeito foram realizadas para Ang II em anéis de carótida, com ou sem endotélio, de ratos controle e expostos ao estresse. As curvas foram realizadas em ausência ou presença de inibidores para cicloxigenase (COX), óxido nítrico sintase (NOS), NOX ou PI3K-Akt, antagonista de receptores AT1, sequestrador de ânion superóxido (O2-) ou mimético da enzima catalase. Foram avaliados os níveis teciduais de prostaciclina (PGI2), tromboxano (TX) A2, O2-, peróxido de hidrogênio (H2O2), nitrato e nitrito e atividade das enzimas superóxido dismutase (SOD) e catalase. A expressão proteica de COX, Akt, NOS, nitrotirosina e NOX foram determinadas por Western Blot. O estresse não alterou os níveis plasmáticos de corticosterona ou Ang II. Observou-se aumento na expressão de alfa-actina e colágeno na camada média de carótida de ratos expostos ao estresse. O estresse aumentou o pD2 da Ang II, sem alterar o Emax, em anéis de carótidas com ou sem endotélio de ratos. Antagonista de receptores AT1 reduziu o pD2 de Ang II em anéis de carótidas com ou sem endotélio de ratos dos grupos controle ou estresse, sendo menos efetivo neste último. Metabólitos derivados de COX-1 e COX-2 apresentaram ação modulatória negativa sobre a contração induzida por Ang II em músculo liso de carótida de ratos controle. Na exposição ao estresse, metabólitos de COX-1 e COX-2 modularam positivamente a contração de Ang II na camada endotelial de carótida de ratos. O estresse aumentou os níveis de PGI2 e não alterou os níveis de TXA2 em carótidas de rato. Em anéis de carótida com endotélio intacto de ratos controle, PI3K-Akt modulou negativamente a contração induzida por Ang II. PI3K-Akt apresentou modulação positiva sobre a contração de Ang II em músculo liso de carótida de ratos controle. O estresse resultou em perda da modulação negativa exercida por PI3K-Akt em anéis de carótida com endotélio intacto de ratos. A modulação positiva de PI3K-Akt foi mantida em músculo liso de carótida de ratos expostos ao estresse. A modulação negativa de derivados de NOS sobre a contração induzida por Ang II foi prejudicada depois do estresse, sugerindo disfunção endotelial. Os níveis teciduais de nitrato e nitrito não foram alterados após exposição ao estresse. NOX-1, NOX-4, O2- e H2O2 modularam positivamente a contração induzida por Ang II em carótida de ratos expostos ao estresse. O estresse não alterou os níveis teciduais de O2- e aumentou os níveis de H2O2 em carótida de ratos. O estresse não alterou a atividade de SOD e reduziu a atividade de catalase em carótida de ratos. As expressões proteicas de COX-1, Akt, iNOS, nitrotirosina e NOX-4 aumentaram em carótida de ratos expostos ao estresse. Assim, o estresse induziu aumento nos níveis de H2O2, e este aumento poderia ocorrer por ativação de PI3K-Akt. Por sua vez, H2O2 ativaria COX, resultando em aumento nos níveis de PGI2. Este prostanoide ativaria receptores para TXA2 (receptores TP), culminando em aumento da potência de Ang II em carótida de ratos. O prejuízo da modulação de derivados de NOS em carótida de ratos expostos ao estresse também contribuiria para o efeito modulatório positivo sobre a reatividade à Ang II. A formação de peroxinitrito exacerbaria a ativação de COX e de receptores TP.