Avaliação de dano do “Curuquerê do algodão”, Alabama argilacea (Huebner, 1818) - (Lepidoptera - Noctuidae) em condições simuladas e redução de sua população através de isca tóxica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1976
Autor(a) principal: Marchini, Luís Carlos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20240301-152314/
Resumo: A finalidade deste trabalho foi avaliar os prejuízos causados pelo curuquerê do algodoeiro na produção e na qualidade das fibras, levando-se em consideração o seu nível populacional, através dos danos simulados. Para isso criou-se primeiramente o inseto em laboratório para obtenção dos dados referentes a sua biologia e seu hábito alimentar. Assim obteve-se em criações de gaiolas uma média de postura de 414 ovos por fêmea sendo que 50% são colocados no primeiro dia de postura. As lagartas eclodidas depois de 3 a 4 dias passaram por seis ínstares em intervalos de 4,0 - 3,0 - 2,5 - 2,5 - 3,0 e 4,0 dias, ingerindo a seguinte área foliar para cada ínstar: 1º) 0,96; 2º) 2,20; 3º) 5,16; 4º) 9,11; 5º) 18,54 e 6º) 32,65 cm2. Com referência ao seu hábito alimentar estabeleceu-se uma criação com treze lagartas individualizadas por caixa de Petri, obtendo-se uma média de 66,04 cm2 de área foliar consumida para cada lagarta durante o seu desenvolvimento. Outro lote de lagartas foi criado para verificar o consumo de folhas durante o dia e a noite. A porcentagem de área foliar consumida durante o dia é de 43,4% e 56,4% à noite. Obtidos os dados de laboratório, instalou-se um campo experimental com o objetivo de saber em que época e nível de infestação a referida praga seria mais prejudicial a cultura; utilizou-se os seguintes tratamentos, com quatro repetições: 1) Ataque após 75 dias da germinação; 2) Ataque após 90 dias da germinação; 3) Ataque após 105 dias da germinação; 4) Ataque após 120 dias da germinação; 5) Ataque após 135 dias da germinação; 6) Testemunha (sem ataque). Cada tratamento consistiu de parcelas subdivididas com o dano simulado de 10, 20 e 30 lagartas por plantas, conseguido com auxílio de uma tesoura. Avaliou-se os danos da A. argilácea através do peso de algodão em caroço, peso do capulho, peso de sementes, índice de semente, porcentagem de fibra e características das fibras. Os resultados obtidos foram: - Os níveis de dano correspondente a 20 e 30 lagartas por planta mostraram diferença significativa em relação a testemunha, quanto à produção; - Para o peso do capulho e da semente houve diferença significativa nos três níveis (10, 20 e 30 lagartas por planta). - Para a porcentagem de fibra somente o tratamento 30 diferiu dos demais (0, 10 e 20). Já para as idades, as de 135 dias da germinação diferiu de 90, 105 e 120 dias. - Quanto às características de fibras somente a uniformidade foi afetada com o dano equivalente a dez lagartas por planta, mostrando diferença significativa. - O índice de semente e as demais características de fibras (comprimento, finura e resistência) não sofreram diferenças significativas em relação aos danos simulados. O controle dos adultos do curuquerê do algodão através de isca tóxica efetuado em dois telados, sendo um deles tratado com isca atrativa na base de 1 kg de melaço + 10 litros de água + 9 g de Lanate 90 e o outro apenas melaço, permitiu um controle de 83,5% para a isca tóxica quando comparada à testemunha.