Biologia e nutrição quantitativa de Alabama argillacea (Huebner, 1818) (Lepidoptera, Noctuidae) em três cultivares de algodoeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1981
Autor(a) principal: Carvalho, Sueli Martinez de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20220208-031007/
Resumo: Foi comparado o comportamento biológico de A. argillacea em três cultivares de Gossypium hirsutum raça latifolium (IAC 16, IAC 17 e IAC 18), através do estudo de alguns aspectos biológicos, elaboração de tabelas de vida de fertilidade e avaliação do consumo e utilização de alimento. Com relação ao consumo alimentar, foram estudados os seguintes ítens: índice de consumo (CI), razão de crescimento (GR), digestibilidade aproximada (AD), eficiência de conversão do alimento digerido (ECO) e eficiência do alimento ingerido (ECI). Os trabalhos foram conduzidos em câmara climatizada mantida a temperatura de 25 ± 0,5°C, umidade relativa de 60 ± 10% e fotofase de 14 horas. Os parâmetros biológicos de desenvolvimento não apresentaram variações em relação às cultivares utilizadas, com exceção do estágio pupal de fêmeas, que foi maior e as pupas mais pesadas na cultivar IAC 16. Os machos apresentaram período pupal mais longo que as fêmeas. A reprodução de A. argillacea, entretanto, foi marcadamente afetada pela cultivar utilizada como dieta alimentar. As fêmeas originadas de lagartas criadas na cultivar IAC 17 apresentaram número de posturas e total de ovos, duração do período de postura, porcentagem de eclosão e longevidade inferiores às demais cultivares. Para as três cultivares testadas, a fertilidade e a fecundidade médias diminuíram em função do aumento da idade das fêmeas e a longevidade foi maior para as fêmeas que realizaram postura. Os insetos desenvolvidos na cultivar IAC 17 apresentaram a menor razão finita de aumento, bem como os maiores valores para a duração média da geração. Para as três cultivares, o consumo foliar aumentou durante o desenvolvimento larval, embora o CI tenha sido maior nos primeiros ínstares. A lagarta aumentou seu peso durante seu desenvolvimento em cerca de 15500 vezes. A taxa de ganho de peso diário apresentou um decréscimo que antecedeu as mudanças de ínstar. Não houve variação significativa no peso ganho pelas lagartas nas três cultivares testadas, porém, o consumo foliar da cultivar IAC 17 foi inferior, com relação às demais cultivares, medido em peso fresco, seco ou em área foliar. Observou-se estreita correlação entre o peso seco da lagarta e o peso seco do alimento consumido acumulado, bem como entre o peso fresco da lagarta e a área foliar consumida acumulada, o que pode servir de subsídio para a determinação do nível de dano econômico desta praga. O índice de consumo e a razão de crescimento não variaram com a cultivar utilizada. A digestibilidade decresceu com o desenvolvimento da lagarta, nas três cultivares testadas. Houve uma melhor utilização do alimento na cultivar IAC 17, determinada pelos maiores valores de ECI e ECD. De acordo com os resultados obtidos, a cultivar IAC 17 foi a que se apresentou menos adequada à fecundidade e fertilidade de A. argillacea.