Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Viana, Maria Luiza Dias |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16140/tde-01122023-124520/
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Resumo: |
As favelas são territórios complexos caracterizados pela autoconstrução, pela precariedade e pela negação dos padrões urbanos normativos do Estado; são o resultado das ausências, das negligências e das incompletudes das políticas públicas no que tange aos serviços de infraestrutura urbana e aos dos direitos sociais plenos. As favelas são também caracterizadas pela sua riqueza cultural, pela pluralidade dos sujeitos em suas diversas expressões simbólicas; é onde há uma presença predominante de negros, e, nesse sentido, são territórios de luta desses povos contra a negação de sua própria sobrevivência e existência. Nesses lugares, diversos grupos e movimentos se manifestam por meio da arte e da cultura; expressam suas formas de resistência e de luta por transformações espaciais coletivas e pessoais. Nesses lugares, os sujeitos atuam coletivamente para enfrentar e suprir as ausências; para melhorar a qualidade de vida; para reivindicar, entre outras demandas, a cultura e a estética como direitos básicos. Esta pesquisa tem como referência duas experiências de coletivos que atuam com arte e cultura na favela do Morro do Papagaio/Aglomerado Santa Lúcia em Belo Horizonte. Ela busca entender os mecanismos sociais que sustentam essas práticas de participação coletiva, de colaboração, de sociabilidade e de comunalidade como saberes que possam trazer reflexões para o Design e contribuir para uma prática autônoma e integrada à realidade local. Este não é um estudo sobre a favela, mas sobre minha experiência de engajamento em Design tendo como base esses saberes existentes nesse lugar. É uma busca por um saber-fazer comum, situado, construído no mundo, junto às pessoas. O que se pretende é chamar a atenção para um pensamento e uma prática de design que atuam a partir das condições existentes nesses contextos sociais e dos processos ativos nesses territórios e que contribuem para o fortalecimento das identidades, das relações entre as pessoas e entre elas e os lugares onde vivem. |