Alterações dos tecidos moles após avanço de maxila em pacientes com fissura labiopalatina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Tanaka, Annie Karoline de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-25112015-103940/
Resumo: Indivíduos com fissura labiopalatina frequentemente necessitam de cirurgia de avanço maxilar para correção do desequilíbrio facial e das relações oclusais. A fibrose cicatricial do lábio superior, resultante de cirurgias prévias para fechamento da fissura, impede o crescimento ósseo adequado, causando deficiência maxilar significativa. Embora diversos estudos avaliem o perfil mole de pacientes submetidos à cirurgia ortognática, a maioria não inclui em sua amostra pacientes com fissura labiopalatina. A resposta dos tecidos moles em pacientes fissurados é incerta e de difícil previsibilidade no planejamento cirúrgico, sendo um fator limitante no resultado final. No presente trabalho, a análise cefalométrica dos tecidos moles foi realizada com o objetivo de estabelecer relações entre o avanço do tecido mole e tecido duro em pacientes fissurados, além de estudar o comportamento dessas estruturas frente ao avanço maxilar. O estudo foi observacional e descritivo e contou com uma amostra de 87 pacientes fissurados tratados cirurgicamente por meio de osteotomia Le Fort I com avanço maxilar. O tempo pós-operatório mínimo para estudo foi de 6 meses. As telerradiografias com tempos operatórios distintos foram digitalizadas e o traçado cefalométrico foi realizado através do software Dolphin Imaging. Para o cálculo do avanço maxilar médio, uma ferramenta do software foi utilizada permitindo a sobreposição das telerradiografias. A amostra foi então dividida de acordo com a amplitude de movimento e os resultados em tecido mole analisados. As maiores relações tecido mole/duro foram obtidas em avanços menores ou iguais a 5,0 mm. O overjet, overbite e o comprimento do lábio superior aumentaram enquanto que o nariz diminuiu em todas as amplitudes de movimento. Não houve alteração significativa no avanço do lábio superior, independente da quantidade de avanço. Em avanços de até 5,0 mm as repercussões em tecido mole foram mínimas, manifestando-se em maiores avanços. Nenhuma correlação significativa foi encontrada entre qualquer variável estudada e o avanço maxilar. O estudo revelou uma visão geral do comportamento das estruturas do tecido mole em pacientes fissurados frente à cirurgia ortognática. Tais informações auxiliam no planejamento cirúrgico prévio e favorecem a obtenção de perfil facial condizente ao planejado.