Mastectomia contralateral redutora de risco e sobrevida em mulheres com câncer de mama e mutação nos genes BRCA1 e BRCA2. Revisão sistemática e meta-análise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Machado, Natália Polidorio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-04102019-110404/
Resumo: Mulheres portadoras de mutação no gene BRCA têm alto risco de desenvolvimento de câncer de mama ao longo da vida e uma vez diagnosticadas com tumores primários unilaterais o risco do surgimento de um novo tumor em mama contralateral é significativamente maior. Estudos retrospectivos apresentam resultados conflitantes quanto ao papel da mastectomia contralateral redutora de risco (MCRR) no prognóstico das pacientes com câncer de mama unilateral e mutação patogênica do gene BRCA, sendo necessário melhores dados a fim de embasar a conduta padrão atual. Objetivo: O objetivo principal desse estudo é determinar o efeito da realização da MCRR nos desfechos de sobrevida global e sobrevida específica para câncer de mama nestas pacientes. Métodos de busca: As buscas por estudos originais foram realizadas nos principais bancos eletrônicos de dados; além disso, examinamos manualmente as listas de referências dos estudos incluídos em revisões semelhantes. A última busca eletrônica foi feita em 02 de junho de 2019. Critérios de Seleção: Foram incluídos estudos originais com mulheres com câncer de mama e mutação patogênica nos genes BRCA 1 e BRCA 2, que apresentassem dados quanto a realização de MCRR. Coleta e Análise de Dados: Dois revisores avaliaram a elegibilidade dos estudos, extração de dados e os riscos de viese dos estudos incluídos. Resultados: 11 estudos foram elegíveis para revisão sistemática e desses 7 foram incluídos na análise quantitativa de sobrevida global (SG) e 6 na análise de sobrevida específica para câncer de mama (BCS). A realização de MCRR nessas apresentou um impacto favorável tanto em mortalidade global [RR 0.50 (0.38 - 0.65)] quanto em mortalidade específica para câncer de mama [RR 0.54 (0.40 - 0.73)]. Conclusão: Pacientes portadoras de mutação BRCA1/2 apresentam melhora significativa em sobrevida após realização de MCRR. Demais estudos com metodologia adequada devem ser realizados