Um modelo de rede de solidariedade baseado em teoria de jogos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Rocha, André Carneiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3139/tde-21112023-085030/
Resumo: Na contemporaneidade, a rápida evolução tecnológica, sobretudo nos âmbitos da comunicação e informação, foi decisiva para que a população pudesse se conectar, mesmo que a grandes distâncias. Uma notícia, ora novidade por um considerável período de tempo, agora emerge de maneira ágil a toda uma sociedade globalizada e digitalizada em questão de minutos. Felizmente, o mesmo ocorre com súplicas por ajuda e movimentos sociais em prol de determinadas causas, atingindo um maior número de pessoas em menos tempo. É nesse cenário que o debate acerca da solidariedade encontra precedentes valiosos e, sendo muito estudada no âmbito comportamental, abre possibilidade para investigar como esse tema reage aliado à teoria de jogos. No presente trabalho, são apresentados resultados de simulações a partir de um modelo de jogo espacial e iterado de solidariedade. Nesse jogo, uma população de 4096 indivíduos é representada por um grafo conexo e essa população interage durante 200 passos de tempo. Há dois tipos de participantes distribuídos pela rede. O primeiro é solidário e pratica caridade movido apenas por suas convicções pessoais, em que sua ação é definida tanto pela chance de encontrar alguém precisando de ajuda quanto pela disponibilidade de recursos ou tempo para fazê-la. Já o segundo pratica caridade visando reconhecimento social e recompensas para si mesmo. Dessa forma, ele pondera os ganhos que seus vizinhos receberam por terem praticado ou não a caridade, imitando a ação do vizinho que mais foi recompensado. Na literatura, essa estratégia é chamada de imitadora (em inglês, copycat). Portanto, enquanto o primeiro tipo age de acordo com uma lei probabilista, o segundo age de maneira determinista. Mostra-se que a presença de indivíduos que agem exclusivamente por interesse é benéfica para que se obtenha um maior número de doadores ao final da simulação. Ainda, se valendo do método dos mínimos quadrados, pretende-se escrever analiticamente a média de doadores em função dos parâmetros do jogo proposto. São apresentados também questionamentos acerca da filosofia da solidariedade, os quais são discutidos com base nos resultados. Algumas hipóteses são levantadas para guiar trabalhos futuros nessa temática.