Caracterização fenotípica e genotípica de cepas de Salmonella enterica isoladas de carne suína no município de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Gomes, Vasco Tulio de Moura
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-02082017-155037/
Resumo: Atualmente, a salmonelose representa uma das zoonoses de maior importância em Saúde Pública no mundo, em razão da alta endemicidade, mortalidade, e dificuldade do seu controle. No município de São Paulo, é possível encontrar diferentes realidades no que se diz respeito às boas práticas de produção e ao controle de qualidade dos produtos de origem animal, principalmente quando se considera os pontos de venda direta ao consumidor. Os objetivos do presente estudo foram avaliar a presença de Salmonella entérica em cortes de carne suína vendidos em mercados municipais, açougues e mercados de pequeno porte distribuídos nas cinco regiões do município de São Paulo. As estirpes isoladas foram caracterizadas quanto ao sorotipo, perfil de resistência a antimicrobianos, perfil genotípico através da eletroforese em campo pulsado (PFGE) e do polimorfismo do comprimento de fragmentos amplificados (AFLP). A partir dos 394 cortes de carne avaliados 6% foram positivos para o isolamento de S. enterica. Dentre os 111 estabelecimentos examinados, 14,4% apresentaram pelo menos um corte de carne positivo. Dentre as 60 estirpes selecionadas para caracterização, os sorotipos identificados foram Typhimurium (33,3%), London (26,7%), Brandenburg (10,0%), Schwaezengrund (8,3%), Derby (8,3%), Infantis (6,7%), Javiana (6,7%). A determinação da concentração inibitória mínima indicou as seguintes frequências de resistência antimicrobiana: azitromicina (100%), sulfametoxazol (98,3%), ampicilina (50%), cloranfenicol (41,7%), tetraciclina (40%), ácido nalidixico (21,7%), gentamicina (16,7%), trimetoprim (15%) e ciprofloxacina (5%). Todos os isolados foram sensíveis à cefotaxima, ceftazidima, meropenem e tigeciclina. Multirresistência foi identificada em 58,3% das estirpes avaliadas. A caracterização das estirpes pela PFGE e pelo AFLP revelou uma tendência a agrupar os isolados de acordo com a origem e com os sorotipos. A partir do sequenciamento do genoma de 11 estirpes foi possível identificar os STs, a presença de genes de resistência e de ilhas de patogenicidade. Os dados obtidos foram discutidos frente aos perfis descritos de estirpes de Salmonella entérica oriundas de criações de suínos e casos de infecção alimentar relatados no país e no exterior.