Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Natanael Peres |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8150/tde-10012022-202106/
|
Resumo: |
Em Uma menina está perdida no século à procura do pai ([2014] 2015), o escritor português Gonçalo M. Tavares coloca em um cenário opaco da Europa pós-guerra a menina Hanna, que procura seu pai, e Marius, homem que decide ajudá-la, de modo que os dois partem para uma aventura errática que se mostra, a um só tempo, inócua e reveladora. Propondo caminhos de leitura para essa narrativa, o presente trabalho inicia-se com a cosmografia da obra de Tavares, objetivando demonstrar sua profusão literária, seus vários universos textuais e seu método de escrita. Avançando, sugerimos que o romance ora analisado ocupa um espaço intermediário entre as séries tavarianas O Reino e O Bairro, de modo a (re)estabelecer uma cidade. E, chegando ao corpo, discutimos a representação das diversas personagens que compõem o quebra-cabeça que é a obra aqui analisada e como seus éthos se relacionam com os protagonistas, revelando camadas diversas de uma humanidade que, apesar de ferida, ainda resiste e emana vida. Ao fim do caminho de leitura, apontamos então para uma nova proposta de civilidade a partir deste romance de Gonçalo M. Tavares. Em nosso percurso, apoiamo-nos em teorias sobre o ensaio e o fragmento (com Barrento e Blanchot), a memória (a partir de Benjamin, Buescu e Gagnebin) e a questão urbana (considerando Bresciani e Lefebvre), bem como noções advindas do campo da Ética, como alteridade, constituição do sujeito, coletividade, afeto e biopolítica (contando com as vozes de Agamben, Arendt, Deleuze e Guattari, Derrida, Foucault e Sloterdijk) e, além disso, a própria obra de Gonçalo M. Tavares também como suporte teórico. |