Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silveira, Rubens Carvalho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-12112019-135512/
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Resumo: |
Introdução: As mudanças advindas do processo de reestruturação da produção implicam a mobilidade do capital e da população, em diferentes partes do mundo. O processo de migração em busca de melhores condições de vida envolve uma série de eventos que podem ser traumatizantes e podem colocar o migrante em risco. As restrições relacionadas à situação laboral instável e precária, além da dificuldade em obter proteção social, podem influenciar sua saúde. Os custos associados aos cuidados de saúde podem constituir barreiras à utilização dos serviços de saúde. Objetivo: Avaliar a qualidade da informação e o perfil dos óbitos da população de imigrantes no Município de São Paulo, nos anos de 2006 a 2015. Métodos: Foi utilizado o banco de dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM dos anos de 2006 a 2015 e os dados do censo demográfico de 2010. Foi analisada a incompletude das variáveis: sexo, idade, raça/cor, escolaridade, local do óbito, ocupação e médico atestante. A variável naturalidade foi utilizada para separar os óbitos entre imigrantes e brasileiros, além de classificá-los entre ondas migratórias antigas (portugueses, japoneses e italianos) e recentes (argentinos, bolivianos, chilenos, chineses e sul-coreanos). Foram analisados a mortalidade proporcional por sexo, idade e raça/cor e os indicadores de Swaroop & Uemura e Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP). Para mensurar o risco de óbito, foram calculadas as taxas de mortalidade bruta e padronizada por faixa etária, para o ano de 2010. Resultados: Em relação à qualidade do preenchimento da DO, as variáveis sexo, idade, local do óbito e raça/cor foram classificadas como excelentes para imigrantes e brasileiros. A variável médico atestante foi classificada como boa. Escolaridade e ocupação como regulares, com exceção da escolaridade entre os brasileiros, que foi ruim. A única variável que apresentou um crescimento na incompletude foi a médico atestante. Os óbitos de imigrantes somam 6,2% do total de óbitos no período, com maior volume para as ondas mais antigas (62,7%) em comparação com as mais recentes (7,1%). Em todas as nacionalidades estudadas, os óbitos masculinos foram mais frequentes, com destaque para a população chilena (63,6%). Os óbitos de ondas mais antigas apresentaram maior concentração de idosos, principalmente nas faixas etárias mais elevadas. O mesmo não ocorreu com as ondas mais recentes, em que bolivianos tiveram a menor idade média ao morrer (50,3 anos). As três principais causas de morte foram as mesmas, tanto em imigrantes quanto em brasileiros. Para os óbitos masculinos, as causas externas foram a terceira para brasileiros e a quarta para imigrantes, com exceção da população de bolivianos, em que estas foram a primeira causa. Os brasileiros, independente do sexo, apresentaram APVP por óbito maior comparado com os imigrantes; em ambos, a população masculina perdeu mais anos de vida do que a feminina. Conclusão: As ondas mais antigas apresentaram perfil de mortalidade com mais óbitos em idades mais elevadas do que as populações de brasileiros e das ondas mais recentes, com variabilidade entre as nacionalidades que compõem estas últimas, com destaque para a população de bolivianos, que apresentou pior perfil, com óbitos em idades jovens e proporção maior de causas externas do que as demais nacionalidades. |