As trajetórias de Ribeiro do Valle e Rocha e Silva: farmacologia dentro e fora do laboratório (1933 - 1948)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Oliveira, Isabella Bonaventura de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-16072024-151159/
Resumo: A pesquisa aborda as carreiras de dois farmacologistas brasileiros: José Ribeiro do Valle e Mauricio O. da Rocha e Silva, entre 1933 e 1948. Por meio das trajetórias desses cientistas, evidenciamos como a farmacologia adquiriu espaço institucional em São Paulo e compôs as atividades da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Essa associação proporcionou um primeiro espaço institucional de caráter nacional às pesquisas nessa área e demarca o recorte final da pesquisa, que se inicia em 1933. Neste mesmo ano, Ribeiro do Valle e Rocha e Silva se formaram em Medicina, em São Paulo e no Rio de Janeiro, respectivamente. O estudo desses pesquisadores permite compreender o percurso histórico da farmacologia em São Paulo (e sua entrada em uma associação nacional), considerando que ambos chefiaram as primeiras seções e laboratórios dedicados a essa especialidade no Instituto Butantan, na Escola Paulista de Medicina e no Instituto Biológico. Iniciamos a tese com uma análise das atividades de caráter formativo para esses cientistas, na década de 1930. Em seguida, abordamos as parcerias internacionais de Ribeiro do Valle e Rocha e Silva, que atuaram nos Estados Unidos, durante a década de 1940, como bolsistas da Fundação Guggenheim. Esse último também estagiou no Canadá e no Reino Unido, entre 1946 e 1947. Além disso, os dois pesquisadores formaram parcerias consistentes com cientistas latino-americanos, principalmente argentinos vinculados à Bernardo Houssay, também analisadas neste trabalho. As trajetórias de Ribeiro do Valle e Rocha e Silva evidenciam os arranjos descontínuos e alianças que permearam a institucionalização da farmacologia, demonstrando como essa área de pesquisa adquiriu legitimidade a partir da circulação e transformação - de seus objetos e experimentos, dentro e fora do laboratório