Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Garcia, Thiago Kenji Nakamura |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-15012025-114433/
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Resumo: |
Esta dissertação se debruçou sobre o significado do conceito de história nos escritos do jovem Max Horkheimer para a formulação de sua teoria da sociedade, sobretudo a partir dos ensaios Origens da Filosofia Burguesa da História (1930) e Sobre a Metafísica do Tempo de Bergson (1934). A escolha de ambos os ensaios se deve tanto por conta da discussão sobre o método, que implicitamente Horkheimer realiza dentro do marxismo, quanto por conta da apresentação de uma teoria do tempo histórico. O primeiro ensaio esclarece qual a recepção que Horkheimer realizou da Ideologia Alemã (publicado pelo Instituto de Pesquisas Sociais de Frankfurt somente em 1926), de Marx e Engels, a partir da qual guia seus escritos teóricos pelo método da crítica da ideologia. Então, a questão que nos guia pode ser elaborada do seguinte modo: em que medida a crítica da ideologia informa uma teoria da história interessada no problema da temporalidade social das formações históricas? Defendemos que, metodologicamente, a crítica da ideologia não se separa da crítica imanente, já que a análise do discurso ideológico compreende que a ideologia são as relações sociais. Também ela é determinada como as ideias dominantes, elaboradas por indivíduos e grupos sociais. Ou seja, ações que são concebidas enquanto ideias. Devido a esse método, Horkheimer denominou sua concepção de história de \"teoria do tempo objeto\", preocupada com a relação tensa, contraditória e não perene da passagem das relações naturais para as relações sociais. Consequentemente, a teoria do tempo histórico, que denominamos de \"modo de tempo\", é a defesa da dialética como discurso teórico adequado para se falar da mudança social de uma realidade saturada de contradições. A crítica da ideologia se relaciona também com a teoria do tempo histórico na medida em que há a conexão entre ela e a crítica da coisificação, que Horkheimer desenvolve na sua teoria da sociedade. Para conceber um presente histórico dinâmico, a teoria da história satisfaz três critérios: a fidelidade à dialética marxiana, a compreensão sobre a mudança das determinações históricas e a incorporação do conhecimento coevo mais desenvolvido |