O universo terminológico da cana-de-açúcar em duas perspectivas: o agrônomo e o agricultor

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Serra, Luis Henrique
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-12062015-111600/
Resumo: Este estudo investiga a variação denominativa na terminologia da cana-de-açúcar em português brasileiro. Busca-se investigar e comparar a terminologia da cana-de-açúcar no discurso de dois diferentes especialistas do setor: o agricultor e o agrônomo. Tendo em vista a diferença socioprofissional e a materialização dessa terminologia (oral e escrita), o estudo assume um caráter variacionista e, portanto, parte do pressuposto que a variação linguística é um fenômeno inerente nesse universo especializado, principalmente quando se compara os termos específicos de cada um dos grupos de especialistas. Nesse panorama, o estudo alinha-se aos estudos descritivos das terminologias, levando em consideração os pressupostos teórico-metodológicos da Teoria Comunicativa da Terminologia. Utiliza-se, neste estudo, de dois corpora: um oral e o outro escrito: o corpus oral é um conjunto de entrevistas com micro- e pequenos agricultores especialistas em cana-de-açúcar; o texto escrito é composto por um conjunto de cem textos especializados, ou seja, teses, dissertações, artigos científicos e relatórios técnicos, publicados no Brasil nos doze primeiros anos do século XXI. Para a extração e a organização dos dados, o estudo utiliza-se da Linguística de Corpus, que auxiliou por meio dos programas computacionais Antconc; para a criação do banco de dados, Access, do pacote Office 2010, para a criação de banco de dados terminológicos e o armazenamento das fichas terminológicas. Os resultados do estudo demonstram que há variação entre os termos usados pelos dois grupos de especialistas, mas há também semelhanças. Isso evidencia que ambas não são terminologias dicotômicas, e sim conhecimentos que estão em contato, constituindo um contínuo terminológico.