Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Bruno Madureira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27152/tde-18082021-081149/
|
Resumo: |
Este trabalho propõe um percurso de reflexão interdisciplinar que ofereça subsídios para uma aproximação do campo do design das questões políticas pertinentes ao contexto das tecnologias e redes digitais contemporâneas, analisando as implicações que seus aspectos ecológico comunicativos podem exercer na elaboração de distintas formas de participação em plataformas digitais. Propomos, para tanto, um distanciamento da perspectiva moderna do design, analisando sua expansão semântica e prática, em direção a uma interpretação próxima ao campo da biologia, enquanto uma ecologia comunicativa responsável pela formação de ecossistemas de participação. A noção de forma é explorada de modo mais aprofundado, mostrando como, neste contexto, design e plataformas digitais, apresentam-se como formas formantes, nas quais não existe uma separação ou oposição entre interno e externo, forma e conteúdo, mas são instâncias mutuamente implicantes, criando obras abertas, capazes de modificar e confundir a relação existente entre autor, obra e fruidor. Neste sentido, as plataformas digitais tornam-se arquiteturas onipresentes e percucientes que alteram as estruturas tradicionais de organização social e, com o desenvolvimento da computação de escala planetária expandem a comunicação para além da fronteira do humano, conectando por meio da linguagem comum dos bits, toda a biogeoquímica da biosfera terrestre. Por fim, elaboramos um mapeamento de plataformas digitais de participação política, as quais analisamos segundo uma tipologia que as separa em ecossistemas informativos sociotécnicos, multiagentes e ecológicos, mostrando como cada um destes segmentos comporta diferentes modelos arquitetônicos, com diferentes fluxos informativos e distintas formas de participação, exigindo uma concepção de design aberta a novas camadas interpretativas, práticas colaborativas com formas de inteligência que não se restrinjam àquela do humano. |