Variabilidade da atividades cerebral em resposta a estímulos vestibular e ocolomotor avaliada por fMRI

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Justina, Hellen Mathei Della
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59135/tde-14092007-143548/
Resumo: A avaliação da variabilidade inter-individual da atividade funcional é de grande importância na utilização da ressonância magnética funcional (fMRI) no contexto clínico. O objetivo principal desse estudo é analisar a variabilidade da ativação cerebral dos sistemas vestibular e oculomotor, através da fMRI em resposta à estimulação optocinética horizontal e aos movimentos de rastreio e sacade dos olhos. Para isso, imagens por ressonância magnética foram obtidas de vinte e três voluntários assintomáticos (treze para o estudo optocinético e dez para os estudos rastreio e sacade) em um scanner de 1.5 T Siemens (Magneton Vision) com seqüências do tipo EPI-BOLD. Os mapas estatísticos foram obtidos no programa Brain Voyager, utilizando o método Modelo Geral Linear. Encontramos ativação significante no córtex visual primário, ao longo do giro occipital médio e inferior, no giro temporal médio, superior e inferior, no giro pós- e pré-central, ao longo do giro frontal inferior, superior e médio, no giro supramarginal, no lobo parietal superior e inferior, na ínsula e no cíngulo anterior e posterior. Grupos de atividade também foram encontrados em estruturas subcorticais (putamen, globo pálido, corpo caloso e tálamo), além do cerebelo. A análise da freqüência de ativação revelou uma alta variabilidade entre voluntários. Contudo, as regiões com maior freqüência de ativação foram as áreas frontais e a área que compreende o giro temporal médio e médio superior. Utilizamos dois métodos para a análise dos índices de lateralização, o primeiro admite um valor estatístico fixo e o segundo leva em consideração a dependência do limiar estatístico com o número de pixels ativados, o segundo método mostrou-se mais confiável. Os índices mostraram uma dominância do hemisfério direito para o estudo optocinético. Já, para os estudos rastreio e sacade, não verificamos essa dominância. Esse estudo permitiu a caracterização das mais freqüentemente áreas envolvidas nas tarefas de estimulação optocinética e dos movimentos de rastreio e sacade dos olhos. A combinação dessas tarefas constitui uma grande ferramenta para determinar a lateralização dessas funções e mapear as maiores áreas envolvidas nos sistemas oculomotor e vestibular.