Rota crítica: os (des) caminhos trilhados por mulheres em situação de violência doméstica na busca por ajuda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Silva, Miryam Cristina Mazieiro Vergueiro da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-22062009-102249/
Resumo: Este estudo investiga a permanência das mulheres em situação de violência conjugal e a busca por ajuda. A partir da perspectiva de gênero, das relações intersubjetivas e de questões intrapsíquicas, buscou-se estabelecer os fatores que influem na manutenção do relacionamento abusivo, e as estratégias buscadas para a resolução desse conflito. A opção metodológica foi a da abordagem qualitativa e tal escolha se justificou devido às características do objeto e aos objetivos da pesquisa. Foram colhidas seis entrevistas com mulheres consideradas boas informantes, de camada social baixa, levando-se em conta a quantidade e qualidade do material produzido, como também o acesso às mulheres em tal situação. Os resultados encontrados apontam para a influência das vivências na família de origem e o amor pelo agressor como importante obstáculo para a saída da relação abusiva, bem como a assimetria de poder dentro da relação. A busca por ajuda envolveu principalmente os familiares, a Delegacia de Polícia e a Delegacia de Defesa da Mulher e os serviços de saúde; as respostas foram, por vezes, demovedoras da decisão de transformar a situação. Os familiares, filhos, vizinhos, amigos e o crime organizado, de modo geral, não ofertaram apoio significativo na direção de uma transformação da conjugalidade violenta. Já as instituições formais acessadas pelas entrevistadas, ou seja, a Delegacia de Defesa da Mulher e o serviço de saúde se configuraram em importante rede de suporte.