Intervenção nutricional educativa: promovendo a saúde de adultos e idosos em universidades abertas à terceira idade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Mancuso, Ana Maria Cervato
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-19082014-115532/
Resumo: Objetivo: avaliar uma intervenção nutricional educativa desenvolvida para alunos de Universidades Abertas à Terceira Idade. Metodologia: a população de estudo foi constituída por indivíduos com 45 anos de idade ou mais, freqüentadores de quatro instituições de ensino no Município de São Paulo. O delineamento consistiu em estudo quase experimental do tipo \"antes\" e \"depois\", sem grupo controle. A ação educativa (quatro aulas de três horas cada; distribuição de uma apostila com o conteúdo das aulas e de guia alimentar com orientações gerais) era parte das atividades oferecidas pelas instituições e foi desenvolvida por nutricionistas durante o segundo semestre de 1996. Os dados pessoais, morbidade referida e de conhecimentos sobre nutrição foram coletados por meio de questionário autoaplicado. O conhecimento foi identificado aplicando-se teste especialmente elaborado. As práticas alimentares, identificadas por meio de registro de alimentos de três dias, tiveram como variáveis analisadas: valor energético total, proporção de macro nutrientes. teor de colesterol, de vitamina A, de cálcio e de ferro. O estado nutricional foi diagnosticado pelo Índice de Massa Corpórea. Resultados: a população inicial era constituída de 121 indivíduos, a maioria do sexo feminino, com idade inferior a 60 anos e situação sócio-cultural privilegiada quando comparada com a média da população brasileira; perfil de morbidade identificando sobrepeso, problemas de coluna, hipertensão arterial e hipercolesterolemia. Os temas de nutrição com maior porcentagem de respostas adequadas relacionaram-se aos cuidados preventivos da osteoporose e do envelhecimento precoce, à substituição de alimentos reguladores, número de refeições da dieta e à fonte de nutrientes antioxidantes. O desconhecimento maior foi sobre a função das gorduras dietéticas, alimentos ricos em colesterol e alimentos que colaboram no controle da hipercolesterolemia. A maioria desses indivíduos apresentou dieta adequada em termos de vitamina A, ferro e colesterol; e inadequada em termos de energia e distribuição calórica dos macro nutrientes (proteínas, carboidratos e lipídios). O consumo adequado apresentou associação estatística significativa entre percentual de gorduras e presença de doença cardíaca; percentual de gorduras e conhecimento sobre função dos lipídios; consumo de colesterol e sexo; consumo de vitamina A e responsabilidade pelas despesas no domicílio. A população estudada após a intervenção educativa constituiu-se de 44 indivíduos. Para esse grupo de indivíduos, as modificações identificadas foram: aumento dos conhecimentos sobre nutrição, diminuição de consumo de lipídios, de proteínas e de colesterol. As modificações citadas referiram-se ao tipo de alimento consumido, ingestão de água e maneira de preparar os alimentos. Estas modificações ocorreram por motivos de saúde, sendo as fontes de informações sobre nutrição mais citadas, a Universidade Aberta e o médico pessoal. Conclusão: apesar das limitações do estudo, concluiu-se que a intervenção nutricional educativa foi uma atividade importante para a promoção da saúde do grupo populacional analisado e que foi uma fonte de informação para as modificações realizadas.