Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Kanashiro, Aline Mizuta Kozoroski |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-19022010-122823/
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Resumo: |
Introdução: A instabilidade postural é uma manifestação tardia da doença de Parkinson (DP), sendo incapacitante e um fator de risco para quedas. O comprometimento das respostas posturais na DP é provavelmente a causa mais importante das quedas. Estas respostas posturais dependem de informações vestibulares, somatossensoriais e visuais, que são integradas nos núcleos da base, tronco cerebral e medula espinhal. Este estudo avalia um possível papel do sistema vestibular na fisiopatologia da instabilidade postural através da vertical visual subjetiva (VVS). A VVS avalia o julgamento da vertical gravitacional e é um teste sensível da função otolítica. Objetivo: Analisar a VVS em pacientes com DP e comparar com os controles normais; correlacionar a direção das inclinações da VVS e o lado de maior comprometimento da doença; correlacionar a VVS com as escalas Unified Parkinsons Disease Rating Scale (UPDRS), Hoehn e Yahr (HY); determinar se as inclinações da VVS estão relacionadas à instabilidade postural. Métodos: Pacientes com DP foram submetidos a: exame neurológico completo; escalas UPDRS e HY; teste clínico para avaliação da instabilidade postural e o teste da VVS foi realizado em 45 pacientes e 45 controles normais. Resultados: As inclinações da VVS nos controles tiveram valores entre -2,7º a +2,4º, média +0,18º e DP = 1.17, e entre -6,4º a +5,6º, média -0,50º e DP = 2.89 nos pacientes. Não houve diferença das médias entre pacientes e controles, porém os pacientes tiveram variabilidade maior. A avaliação da variabilidade no grupo dos pacientes utilizou os valores absolutos de cada medida da VVS. As médias dos valores absolutos da VVS nos controles e pacientes foram 1,55º e 3,65º, respectivamente, sendo maiores nos pacientes (p<0,0001). Houve uma fraca correlação positiva entre os resultados da VVS a avaliação motora da escala UPDRS; razoável correlação positiva com a escala HY e uma boa correlação entre a VVS e a severidade da instabilidade postural. Conclusões: Os erros do julgamento da VVS foram significantemente maiores em pacientes comparados aos controles. Além disso, houve uma fraca correlação com as escalas UPDRS e Hoehn e Yahr, e boa correlação da VVS com a instabilidade postural. Estes resultados sugerem que as vias aferentes do sistema vestibular estão comprometidas nos pacientes com DP e poderiam estar envolvidas nos mecanismos que levam à instabilidade postural, indicando que a instabilidade postural não é um fenômeno exclusivamente motor |