Treinamento virtual: é possível aprender por meio de jogos? Aprendizado e retenção em indivíduos com sequelas crônicas de acidente vascular encefálico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Perez, Danielle Borrego
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47135/tde-20032017-113030/
Resumo: O processo de aprendizagem motora (AM) envolve a reorganização de redes neurais mediadas pelo treino a qual permite um aprimoramento do desempenho na tarefa treinada. O sucesso da reabilitação de pacientes com lesões nervosas é intimamente dependente do potencial do treinamento aplicado de ativar e potencializar o processo de AM. A sequela motora mais limitante e refratária a reabilitação em pacientes vitimas de Acidente Vascular Encefálico (AVE), é a paresia do membro superior contralateral ao hemisfério lesado. Diante disso, a busca por novas estratégias de treino que potencializem o processo de AM têm sido uma constante na área. O treinamento em realidade virtual (RV) é uma nova promessa nesse sentido, pois poderia oferecer condições favoráveis para AM. A despeito do crescimento do uso desse tipo de ferramenta para reabilitação do membro superior parético (MSP) em pacientes com AVE, ainda não há evidencias consistentes sobre seu potencial para promover AM. Assim, o objetivo deste estudo foi investigar a melhora do desempenho de curta e longa duração após um treinamento para membros superiores (MS) em RV, baseado em jogos do Nintendo Wii® (NW), em indivíduos portadores de sequelas crônicas de AVE. Para alcançar esse objetivo, o desempenho de 22 indivíduos com sequelas crônicas de AVE em MS, 17 homens e 5 mulheres com média de idade 52.7±10.29 e média de 5.68±5.31 anos pós AVE foi registrado em quatro jogos do NW que demandam movimentos de MS com amplitude e velocidade variáveis e foram comparados antes e depois do treino. A aquisição intrasessão foi obtida por meio da comparação da pontuação nos jogos antes do treinamento (AT) e imediatamente após o treino (IDT), enquanto a retenção de curta duração foi obtida pela comparação entre a avaliação IDT e 48 horas após o treino (48hDT), e a de longa duração entre a avaliação IDT e 7 dias após o treino (7dDT). O treinamento foi realizado em sessão única, com 5 repetições de cada um dos quatro jogos, sendo que a 2°, 3° e 4° o fisioterapeuta responsável interferiu por meio de pistas explícitas e implícitas, a fim de favorecer as respostas motoras dos pacientes. A pontuação nos jogos, tomadas como desfecho primário, serão analisadas por meio de ANOVA para medidas repetidas, considerando-se como fator as avaliações (AT, IDT, 48hDT e 7dDT), uma para cada um dos jogos. Acreditamos que os resultados deste estudo poderão contribuir com evidências, fundamentando o uso terapêutico do treino em RV para pacientes com AVE, com base no seu potencial de promover melhora do desempenho motor do MSP e a retenção desta melhora