Caracterização paleoceanográfica de um testemunho da Baía de Santos com base em foraminíferos planctônicos durante o Holoceno

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Santarosa, Ana Claudia Aoki
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21133/tde-28072011-161043/
Resumo: Para o desenvolvimento deste estudo, foi utilizado um testemunho de alta resolução coletado no talude da Bacia de Santos, em que foram realizadas análises de foraminíferos planctônicos e isótopos de oxigênio. Os resultados foram complementados por dados de razões de Fe/Ca e Ti/Ca e permitiram a compreensão do cenário paleoceanográfico no setor oeste do Atlântico Sul nos últimos 15 mil anos. Condições mais frias foram encontradas no início do registro até aproximadamente 8 mil anos A.P., com predomínio da fauna fria (G. truncatulinoides, N. dutertrei, e G. inflata) e valores mais altos de ? 18O. Maior produtividade também é sugerida pela componente principal 2 (CP2), relacionada à camada de mistura e caracterizada pela assembléia G. ruber (white) e G. sacculifer. As razões de Fe/Ca e Ti/Ca indicam maior aporte de terrígenos pela pluma do Rio da Prata para o ambiente oceânico, provavelmente contribuindo para fertilização das águas superficiais. A partir de 8 mil anos A.P. observa-se aumento dos valores da curva paleoclimática e diminuição progressiva dos valores de ? 18O. A CP2 apresenta valores máximos entre 10 e 5 mil anos A.P., indicando uma coluna de água mais quente e altamente estratificada. Neste período, apresentam-se os mínimos de razões de Fe/Ca e Ti/Ca, indicando um período mais seco, relacionado ao mínimo de insolação de verão no hemisfério sul e posicionamento da ZCIT mais ao norte. A partir de 5 mil anos A.P. até o final do registro, observa-se novamente menores valores da CP2 e razões crescentes Fe/Ca e Ti/Ca, indicando condições mais úmidas e de maior produtividade no Holoceno superior.