Controle instrucional do autoclítico em tarefas de formação de classes de equivalência e em sequências intraverbais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Garcia, Marcos Roberto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-07012014-112909/
Resumo: Os objetivos do presente estudo foram: 1) verificar se a formação de classes de estímulos equivalentes adquire controle instrucional sobre uma resposta não verbal do ouvinte (comportamento de se coçar); 2) verificar se após a formação de equivalência emergem sequências intraverbais entre os estímulos das classes; 3) comparar o controle instrucional sobre o ouvinte via equivalência e via sequências intraverbais e, por fim, 4) identificar se a manipulação do autoclítico tom de voz em um dos estímulos da classe altera o comportamento não verbal do ouvinte em ambas as condições (equivalência de estímulos e sequências intraverbais). Nove crianças, com idades variando de oito e dez anos, foram participantes. Cada criança passou por fases e passos específicos em duas Etapas Experimentais (Etapa I e Etapa II). A Etapa I envolveu pré-treinos com estímulos familiares aos participantes e treinos e testes de equivalência com os estímulos experimentais. O estímulo oral - DESESPERADAMENTE - era apresentado ora com alteração no tom de voz ora sem, de acordo com a Fase. A variável dependente foi o comportamento de se coçar. Antes dos treinos e testes de equivalência todas as crianças eram filmadas, tanto para medir a variável dependente em condição de linha de base, como para verificar que sequências intraverbais dos estímulos envolvidos nos treinos e testes. Após os treinos e testes de equivalência, os participantes passavam novamente pelas condições de filmagem do comportamento de se coçar e da montagem das sequências intraverbais. Na Etapa II os mesmos participantes assistiram a vídeos que apresentavam uma frase e depois uma estória com os mesmos estímulos (A1, B1 e C1). Antes e depois de ouvir a frase e a estória, os participantes eram novamente filmados Os resultados da Etapa I revelaram que os participantes se coçaram durante as tarefas de Matching-To-Sample (MTS), mais precisamente nas tarefas do Treino AC (desesperadamente/coçar), revelando que o estímulo do Conjunto A exerceu controle sobre o comportamento de se coçar, independentemente do tom de voz do estímulo oral A1. O tom de voz não foi uma variável alteradora de função dos estímulos durante as tarefas de MTS, não tendo exercido a função autoclítica. Os treinos e testes de equivalência também não exerceram efeito instrucional sobre o comportamento de se coçar bem como sobre o sequenciar estímulos de modo intraverbal. Já os resultados da Etapa II revelaram que todos os participantes emitiram o comportamento de se coçar após ouvirem a frase e a estória que continham os mesmos estímulos da etapa anterior, só que no formato de sequência intraverbal com os estímulos relacionados por conectivos, pronomes e artigos; por autoclíticos. Tal diferença nos resultados entre as duas etapas pode estar no encadeamento e interligação explícita existente na frase e na estória em comparação com o existente nas tarefas de equivalência