Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Martorelli, Cínthia Ribas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10136/tde-26092012-161617/
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Resumo: |
O Diabetes Mellitus (DM) desenvolve pela deficiência de insulina, caracterizada por hiperglicemia crônica. Complicações são freqüentes e incluem: catarata, retinopatia, infecções recorrentes e cetoacidose. A hiperglicemia crônica pode promover diversas complicações a longo prazo, como a nefropatia diabética (ND). Nos humanos diabéticos, a alteração renal é uma das complicações mais importantes, caracterizada pela lesão glomerular associada usualmente a hipertensão arterial sistêmica. Diversos mecanismos foram propostos tais como em decorrência da hiperglicemia crônica por lesão nos podócitos e lesão túbulointersticial. Contudo, nos cães, até o momento, existem poucos estudos que demonstram a relação entre DM e lesão renal. Perda de proteína urinária, principalmente albumina, é uma característica de doença glomerular. Portanto, para o diagnóstico de ND foram avaliados: razão proteína: creatinina urinária (RPC), razão albumina: creatinina urinária (RAC), microalbuminúria e eletroforese proteínas urinárias utilizando gel de poloacrilamida (SDS-PAGE). O objetivo deste estudo foi avaliar, de modo seqüencial, a proteinúria e a albuminúria durante a progressão do DM. Quatorze cães diabéticos (Grupo A= 10 cães; Grupo B=4 cães que evoluíram posteriormente com doença concomitante), média de 124 meses de idade, maioria fêmea, prevalente a raça Poodle, foram acompanhados por 6 a 28 meses. O acompanhamento foi realizado a cada 30 ou 60 dias. Todos os cães apresentaram bom controle glicêmico (glicemia em jejum com média de 253,05 mg/dL; frutosamina sérica com média de 560,53 µmol/L). Ademais, os cães estudados não apresentaram dislipidemia, hipertensão arterial (sistólica, média 127,28 mmHg), poliúria, polidpsia, polifagia e perda de peso. Em relação à proteinúria, o Grupo A apresentou RPC na faixa de normalidade (0,013 a 0,83), enquanto que no grupo B houve o aumento gradual da RPC ao longo do tempo (de 0,019 para 3,40), sendo que o cão que apresentou maior valor foi o que desenvolveu linfoma linfoblástico. Os cães do Grupo A não apresentaram microalbuminúria (RAC < 0,03), já no Grupo B, foi observado aumento progressivo da RAC apenas nos cães que desenvolveram neoplasia (2/4). Foi observado variações nos perfis dos traçados eletroforéticos ao longo do tempo em ambos os grupos, e que pode sugerir a existência de comprometimentos dos segmentos do néfron, mas os valores da RPC, como também as referentes as Regiões A e B (PM > 60KDa e < 60KDa, respectivamente) encontravam-se normais. Concluindo, foi observado que os cães diabéticos do Grupo A não desenvolveram ND, e a proteinuria e microalbuminúria do Grupo B foi decorrente, provavelmente, das doenças concomitantes. Ademais, o controle glicêmico, o tempo de duração do DM, o controle da PA e dislipidemia podem ter colaborado na prevenção da ND nos cães. |