Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Pires, Bianca Vilela |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17135/tde-06122021-121750/
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Resumo: |
O aumento da temperatura ambiental leva ao estresse térmico em animais, alterando características fisiológicas e genéticas do animal. Assim, os objetivos do presente estudo foram: (1) avaliar as condições fisiológicas e a expressão relativa dos genes HSPD1 (heat shock protein family D (Hsp60) member 1), HSPA1A (heat shock protein family A (Hsp70) member 1A), HSP90AA1 (heat shock protein 90 alpha family class A member 1) em animais Nelore (Bos taurus indicus) e Caracu (Bos taurus taurus) submetidos ao estresse térmico; (2) buscar diferenças no perfil de expressão dos genes ATP1A1 (ATPase Na+/K+ transporting subunit alpha 1), NR3C1 (nuclear receptor subfamily 3 group C member 1), POMC (proopiomelanocortin), NPY (neuropeptide Y) e LEP (leptin) considerando a eficiência alimentar e a exposição ao calor, (3) identificar animais que apresentem alta eficiência alimentar e termotolerância e (4) avaliar o impacto do estresse térmico sobre a temperatura interna utilizando a meta-análise. Foram avaliados 78 novilhos das raças Nelore e Caracu. O teste de eficiência alimentar foi realizado durante 60 dias utilizando cochos eletrônicos. Ao final do teste os animais foram sorteados aleatoriamente e submetidos ao ambiente de estresse térmico e termoneutro. As características fisiológicas avaliadas incluíram temperaturas retais (TR) e de superfície (TS), frequências cardíacas (FC) e respiratórias (FR), níveis de cortisol sérico e o índice de tolerância ao calor (ITC). Amostras de sangue foram colhidas para análise de cortisol e posterior análise de expressão gênica. A temperatura ambiental variou entre 28 a 39°C, enquanto a umidade relativa foi de 30 a 65% durante o estudo. As características fisiológicas TR, TS, FR, ITC e cortisol sérico foram superiores em animais da raça Caracu. A expressão gênica relativa dos genes HSPD1 e HSP90AA1 foi diferente entre as raças Nelore e Caracu. O gene ATP1A1 apresentou menor nível de expressão nos animais em ambiente termoneutro em comparação ao ambiente de estresse térmico. A interação entre raça e consumo e ganho residual influenciou o nível de expressão dos genes NPY e LEP. A análise de agrupamento não hierárquica, dividiu a população em dois grupos. O grupo 1 foi formado por animais com menor tolerância ao calor e maior eficiência alimentar, enquanto o grupo 2 compreendeu animais com maior tolerância ao calor e menor eficiência alimentar. Conclui-se que a raça Caracu, é menos adaptada ao estresse térmico quando comparada a raça Nelore, diante dos parâmetros fisiológicos e o padrão de expressão dos genes avaliados. As condições climáticas associadas a eficiência alimentar podem influenciar os padrões de expressão dos genes ATP1A1 e NPY. Existe variabilidade fenotípica dentro e entre as raças Caracu e Nelore para as características de eficiência alimentar e termotolerância. O estudo meta-analítico apresentou elevada heterogeneidade das temperaturas retal e vaginal entre os rebanhos avaliados e demonstrou eficácia no uso destas medidas para avaliar o estresse térmico em bovinos. Auxiliando, portanto, na busca de estratégias que minimizem o efeito do estresse térmico sobre a produção animal. |