Lisboa menina e moça: a personificação da cidade nas letras de fado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Casarini, Marcelo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8150/tde-17042014-105628/
Resumo: A partir das letras de fado acerca da cidade de Lisboa cuja colheita, inédita, foi parte inicial desta investigação o presente trabalho procura mostrar de que modo a cidade de Lisboa é vista e representada por seus habitantes. A análise de um corpus de 183 canções que cantam a cidade enquanto tal (e não elementos dela: o castelo, o Tejo, bairros, telhados, personagens), revelam que Lisboa é quase sempre uma mulher. Em seguida, o presente estudo dedica-se a interpretar, utilizando como método o círculo filológico da estilística de Leo Spitzer, o fenômeno da personificação de Lisboa no fado, primeiro por uma perspectiva diacrônica e depois sincronicamente. Por último, dedica-se a revelar que tipo de mulher é Lisboa, e sua relação com as vendedoras ambulantes (varinas, saloias, minhotas) e meretrizes que historicamente frequentavam as ruas da cidade e hoje frequentam apenas o imaginário popular. E principalmente a relação de Lisboa-mulher com o mito da Maria Severa.