A experiência dos limites na poética de Paulo Leminski

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Leite, Elizabeth Rocha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-18022010-171610/
Resumo: A poesia de Paulo Leminski (1944/1989), escrita no Brasil entre os anos 60 e 80 do século XX, revela uma constante atitude de experimentação que abre caminhos para o questionamento da relação entre pensamento, mundo e linguagem. Ao refazer a trajetória do autor e analisar o modo de criação de seus jogos de linguagem, pretendo revelar a lógica de sua poética, voltada para a materialidade do signo lingüístico. Como poeta e ficcionista, redator publicitário, letrista de música, crítico e tradutor, a matériaprima e o objeto de Leminski é sempre a linguagem verbal em suas mais variadas dimensões. Nesse período, entre os anos 60 e 80, em que as teorias sobre os signos e sobre o discurso começam a dominar os estudos literários, a poética metalingüística e reflexiva de Leminski surge como um campo de experiência de limites ainda não testados ou pouco testados por outros poetas. O conceito da poesia como texto literário, como expressão de uma linguagem escrita, veiculada em livros e destinada a um público erudito, passa a ser também por ele questionado. Para Leminski, a poesia faz parte da semiótica, do mundo dos signos que engloba todas as outras formas de manifestações artísticas, de informação e de comunicação. Poesia é também linguagem gráfica, sonora e verbal, que busca uma lógica própria para expressar pensamentos e formas de vida. Esta pesquisa vai focalizar alguns aspectos da teoria da linguagem e da teoria literária evidenciados, em diversos níveis, na prática poética leminskiana. São questões pertinentes ao contexto de diferentes correntes contemporâneas de pensamento que apontam a linguagem como o lugar privilegiado em que se dá a atuação do sujeito e a criação dos sentidos.