Cidade-imaginário: uma análise sobre Bocaina SP através da fotografia no museu.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Bevilaqua, Bruna Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102132/tde-03012024-121547/
Resumo: Neste trabalho buscou-se investigar, a partir de um estudo de caso, a prática institucional de constituição de espaços dedicados a contar a história da cidade, mais especificamente o museu, através da fotografia. Orientando-se pelos principais aspectos da expansão do território paulista com o complexo cafeeiro entre os século XIX e XX, a trajetória da instituição pesquisada um museu público municipal dedicado à história local e que esteve aberto ao público entre os anos de 2000 e 2012 e as imagens selecionadas para compor o acervo e a exposição museal, empenha-se em perscrutar a memória e o imaginário da cidade de Bocaina, no interior de São Paulo, mobilizados através da fotografia. Devido à escassez de informações sobre os documentos fotográficos analisados e por lidar essencialmente com o conteúdo imagético presente nas imagens do museu, a análise se vale da metodologia de vocabulário controlado a partir da atribuição de descritores. Esta forma de traduzir as informações contidas pelos documentos em dados quantitativos se constitui como um procedimento capaz de mapear os usos de linguagens e convenções fotográficas e, ao mesmo tempo, responder às deficiências de conteúdo sobre o histórico e a trajetória dos documentos. Tais elementos se concentram em evidenciar o que aqui denomina-se a cidade-imaginário, que é salvaguardada no museu como uma forma de compensação da instabilidade vivenciada na cidade real. Neste sentido, trabalhando a partir do conceito benjaminiano de escovar a história a contrapelo, assume-se um percurso analítico por meio da fotografia com a premissa de demonstrar o que é contado e que é ocultado pela ação curatorial, investigando as convenções narrativas e os arranjos ficcionais institucionalmente propostos, com o intuito de compreender os limites e potencialidade próprios do uso institucional da imagem a serviço da história da cidade.