Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Lins, Demócrito de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-09022024-183333/
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Resumo: |
Este trabalho pretendeu identificar e analisar, sob o viés da semiótica discursiva, os procedimentos linguísticos que contribuem para a construção das isotopias diversas em textos parabólicos escritos em língua espanhola. Fundamentado em Greimas e Courtés (2008); Greimas (1973); Bertrand (2003); Fiorin (1996); Barros (2002, 2005), Postal (2007, 2010), entre outros, analisamos doze exemplares de parábolas escritos em língua espanhola, retirados das duas partes da obra La culpa es de la vaca, de Jaime Lopera Gutiérrez e Marta Inés Bernal Trujillo (2002, 2007). Para tal, tratamos do conceito de parábola e rememoramos suas características formais e funcionais como gênero textual-discursivo, com o objetivo de desvencilhar a parábola da esfera religiosa e clarejar o que estamos denominando \"parábola\" neste trabalho. Ademais, considerando o objetivo global desta pesquisa de averiguar como o sentido \"implícito\" dos discursos parabólicos se erige, tratamos do conceito de sentido; primeiramente, apresentamos suas múltiplas acepções, para então elucidar o que está sendo denominado \"sentido\" neste trabalho; em seguida, fez-se inevitável tratar de questões referentes à semiótica discursiva, uma vez que é uma das áreas da ciência cujo objeto é exatamente o sentido; discutimos o modelo considerado padrão (standard) e revisitamos o percurso gerativo; ao tratar especificamente da semiótica da ação, observamos que, havendose produzido um ato, haveria, no mínimo, três possibilidades de organização da estrutura modal da competência pragmática do sujeito, o que nos conduziria a três tipos de atos: coercitivos, voluntários e involuntários. Deste modo, propusemos um modelo taxionômico da modalização do fazer. Por sua vez, ao abordar a semiótica da manipulação, observamos que o itinerário manipulatório se institui quando o destinador-manipulador propõe (idealiza) um programa narrativo que pretende que o destinatário-manipulado realize; esta relação intersubjetiva é mediada, inicialmente, pelo querer; logo, o manipulador idealiza a competência modal do destinatário-manipulado sobre o fazer pretendido, estabelece o contrato fiduciário e os valores nele inscritos e executa a persuasão (fazer-saber) constituindo, assim, seu fazer persuasivo (fazer-crer); finalmente, o destinatário-manipulado interpreta (crer) o fazer persuasivo do destinador-manipulador por meio de seu fazer interpretativo, instância ad quem do percurso da manipulação. Assim, delineamos as etapas do percurso da manipulação. Com isso, esclarecemos alguns conceitos da teoria geral da significação que foram operacionalizados no capítulo analítico desta tese. Antes, no entanto, recapitulamos os conceitos de isotopia e conotação. Depois de descrever minuciosamente os procedimentos metodológicos, apresentamos a análise de doze exemplares de parábolas escritos em língua espanhola, de acordo com a metodologia apresentada. Observamos que, para a construção do sentido conotado dos discursos parabólicos, cabe ao enunciatário, em primeiro lugar, reconhecer o conector de isotopias, e em segundo lugar, identificar-se euforicamente com um dos sujeitos da narração (atores discursivos). |