Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Camalionte, Letícia George |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5133/tde-29112022-121048/
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Resumo: |
A hanseníase é uma doença infecciosa crônica que causa, sobretudo, lesões de pele e danos aos nervos periféricos que podem gerar incapacidades físicas irreversíveis. Os pacientes portadores dessa condição carregam estigmas e preconceitos devido a história e crenças atribuídas à doença, podendo causar sofrimento, afetando a autoestima e as relações do indivíduo prejudicando sua socialização. O objetivo desse estudo foi analisar a presença ou não do estigma relacionado à hanseníase a partir do relato de pacientes que estão em seguimento ambulatorial e participaram de um grupo de acolhimento para a doença. E, ainda, observar se a participação no grupo ajudou de alguma forma no tratamento desses pacientes. Através de análise qualitativa exploratória e descritiva quantitativa, foram analisados os registros coletados por entrevistas telefônicas conduzidas por duas perguntas norteadoras: como a doença afeta sua vida e como o grupo de acolhimento o ajudava. Participaram dessa pesquisa 53 pacientes maiores de 18 anos, de ambos os sexos, no período de 06 meses, sendo 25 mulheres (47,2%) e 28 homens (52,8%), com a média de idade de 55,5 anos e o desvio padrão 15. Como resultados, foi encontrado que em 36% das reuniões em grupos foi abordado o tema preconceito, trazido pelos participantes como algo que afeta a rotina de quem realiza o tratamento desta doença. Foram observados relatos de diminuição da autoestima após sequelas da doença e de afastamento de conhecidos e familiares que tinham medo do contágio. A falta de informação sobre a doença demonstra ser um fator que contribuiu para a manutenção do estigma que a hanseníase carrega. A grande maioria dos participantes (96,2%) relatou que o grupo o ajudou durante o tratamento da hanseníase, como forma de tirar as dúvidas sobre a doença, aprendendo mais sobre o tratamento, os medicamentos, as sequelas, sintomas e formas de contágio. Como conclusões a pesquisa mostra que o estigma da hanseníase ainda está presente no cotidiano de quem enfrenta essa doença e que isso pode prejudicar a qualidade de vida dessas pessoas. Grupos de acolhimento no formato de sala de espera em unidades de saúde podem auxiliar a melhorar a informação e o conhecimento sobre a hanseníase, melhorando a maneira de enfrentar o preconceito e o tratamento |