Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Borges, Fabíola Graciele Abadia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-12122019-170904/
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Resumo: |
O corpo é o tema central desta investigação interdisciplinar que se desenvolve entre a psicanálise, principalmente referenciada em Freud, Lacan e Dolto, e a arte, especificamente, a dança contemporânea. O objetivo é investigar como se processa a ressonância entre corpos. O termo ressonância é evocado em referência ao endereçamento que um corpo falante faz a outros corpos falantes no contexto de desentendimentos próprios à linguagem e a seus restos irrepresentáveis. Por meio da investigação das perspectivas de corpo apreendidas no âmbito da psicanálise e da dança contemporânea, apresenta-se que ambos os campos teórico-práticos foram responsáveis por operações de desconstrução da individualidade corporal imaginária, indicando que o corpo não deve ser tomado como algo hermeticamente fechado sobre si mesmo, mas como espaço paradoxal para a dança contemporânea e como corpo pulsional para a psicanálise. Nesse sentido, o corpo não se confunde com a anatomia e nem se delimita pela pele ou pelo alcance dos movimentos, mas deve ser abordado a partir de sua dimensão relacional, como algo que se constrói e se atualiza no espaço dinâmico do Outro. Nesse espaço, a psicanálise evoca as palavras e as percepções sutis, e a dança contemporânea evoca o gesto, como meios pelos quais se argumenta ser possível reconhecer a instauração de um ritmo, construído e captado pelos corpos que estejam num estado de presença viva, aberto ao imaginário que se articula ao simbólico e ao real. Assim, esta tese propõe que a ressonância entre corpos diz respeito à instauração de uma rítmica que se processa por meios sutis, que vão desde a prosódia da voz à evocação de sentidos presentes nos gestos, quando endereçados ao Outro |