Placentação em Necromys lasiurus (Rodentia, Cricetidae, Sigmodontinae): características da eritrofagocitose, transporte placentário, inversão e versatilidade vitelina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Favaron, Phelipe Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10132/tde-13062013-123740/
Resumo: Os roedores murídeos são melhor conhecidos em relação à placentação, porém descrições para outros grupos como os cricetídeos incluindo os \"camundongos do Novo Mundo\" ainda são escassos. Recentemente à placenta e as membranas fetais tem sido considerados fontes promissoras para a obtenção de células-tronco. Em particular, o saco vitelino é estruturalmente diverso e desempenha várias e importantes funções. Por essa razão, o objetivo deste trabalho foi descrever a placentação corioalantóidea e vitelina em Necromys lasiurus. Além de avaliar o potencial do saco vitelino como uma fonte de células-tronco mesenquimais. Para tanto, um total de 10 placentas variando de início ao final de gestação foram analisadas através de técnicas de histologia, imunohistoquímica e microscopia eletrônica, bem como através do cultivo e diferenciação celular, citometria de fluxo e imunocitoquímica. A placenta corioalantóidea discoidal era organizada em uma zona labiríntica, zona juncional e decidua. O labirinto era a região mais importante para as trocas materno-fetal. Próximo ao final da gestação ele apresentou uma barreira hemotricorial com espessura média de 2,41 µm. A zona juncional era composta por sincício e citotrofoblasto. Células trofoblásticas gigantes localizavamse entre a zona juncional e a decidua, assim como nas margens laterais da placenta. A morfologia do saco vitelino visceral invertido variou de acordo com a sua localização e relação com a placenta e o útero. Quando cultivadas, as células aderentes do saco vitelino formaram colônias fibroblastóide (92,13%) e expressaram marcadores de células-tronco mesenquimais e alguns para células precursoras de células-hematopoiéticas. As células apresentaram sucesso quanto às diferenciações osteogênica, adipogênica e condrogênica e não desenvolveram formação tumoral quando injetadas em camundongo nude. Com isso, essas células-tronco despontam como uma fonte terapêutica promissora para a terapia celular.